Casal morre no mesmo dia após 60 anos de casamento e história emociona

Vicente de Paula Arantes, de 98 anos, e Cylma Silva da Boaviagem, de 91, viveram uma história de amor e companheirismo por mais de sete décadas. Casados há 67 anos e juntos há 74, os dois faleceram no mesmo dia, 10 de junho, em Patrocínio, no Triângulo Mineiro, sem saber da morte um do outro. Cylma partiu primeiro, após enfrentar uma doença agressiva. Vicente, que estava internado na UTI por complicações após quebrar o braço, faleceu horas depois.

O primogênito do casal, Vicente de Paula Arantes Junior, contou que o pai não foi avisado da morte da mãe. Ainda assim, acredita que, de alguma forma, ele “sabia” e a acompanhou. “Ela estava esperando ele, batendo o pé lá. E ela falou assim: “Você não vai ficar, você vai comigo. E ele foi. Ele era bem obediente” disse com emoção.

Carros

Esse carro custa R$ 2 milhões e só terá 10 unidades no Brasil; veja o motivo

Saúde

Quer chegar aos 100 anos? Ex-CEO revela os alimentos que cortou para viver mais

Vicente era advogado e Cylma dedicava-se à casa e ao trabalho social na comunidade, sendo muito reconhecida na região. Cylma veio de Itabirito, enquanto Vicente era natural de Patrocínio. Os dois tiveram dois filhos, seis netos e um bisneto. 

O casal era conhecido pelo forte vínculo: “Todo mundo conhecia os dois. Sempre companheiro um do outro. Era aquela coisa, onde um estava, o outro estava. Não andavam separados, estavam sempre juntos. E até agora, no finalzinho, eles ficaram sentados aqui em casa um de mão dada com o outro”, lembra Junior. Eles se conheceram no trabalho e se casaram em 1958. Iriam comemorar 67 anos de união no dia 02 de julho.

Nos últimos dias de vida, foi preciso tirar Cylma do quarto em que dormia com Vicente, o que ele resistiu em aceitar. Mesmo com a dor da perda, o filho mais velho sente paz. “Ela falava: ‘Reza pra que eu vá logo’. Foi uma orientação que eu segui e achei que eu fiz o melhor que eu tinha que fazer, dar para ela o conforto e rezar para que Deus desse uma hora boa para ela”, conta.

A despedida simultânea dos pais foi, segundo ele, algo divino. “Eles tiveram uma vida boa, uma vida bonita. Foi uma coisa linda que aconteceu. A gente sabe que é uma coisa divina, porque não pode ser algo planejado como se fosse uma coisa corriqueira, sabe? Não. É uma coisa que a gente ainda não consegue entender. Mas dá pra imaginar. E é muito bom. Eu fico muito feliz de fazer parte dessa história.”