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Publicado em 11/07/2025, às 18h30 Foto: Freepik Marcela Guimarães
Por mais que o câmbio automático esteja se tornando cada vez mais popular no Brasil, principalmente entre os modelos novos, a maioria dos carros em circulação ainda vem equipada com transmissão manual.
A realidade por aqui não é nada parecida com a dos Estados Unidos, onde a condução em veículos automáticos é quase padrão. No Brasil, aprender a dirigir geralmente significa se acostumar com a embreagem.
Mesmo entre motoristas experientes, alguns costumes comuns afetam seriamente a durabilidade do sistema de embreagem, uma das peças mais importantes do câmbio manual. Como é um componente de desgaste natural, os danos costumam aparecer mais cedo ou mais tarde (e muitas vezes por mau uso).
De acordo com especialistas contatados pela UOL, o conjunto da embreagem, composto por disco e platô, é responsável por transmitir o torque do motor às rodas por meio do atrito.
Quando começa a falhar, os sinais costumam ser bem claros: pedal com comportamento anormal (muito baixo ou muito duro), vibrações ao soltá-lo e dificuldade no engate das marchas.
A troca da embreagem costuma ser necessária por volta dos 60 mil km, mas esse número pode variar bastante, já que depende do modelo do carro e, principalmente, da forma como ele é conduzido. Veja alguns hábitos que podem causar desgaste e que devem ser evitados:
Um dos erros mais comuns é deixar o pé na embreagem com o câmbio engrenado ao parar em semáforos ou até mesmo no trânsito. Mesmo que disco e platô não sejam afetados quando o pedal é pressionado até o fim, outras peças sofrem, como rolamentos e molas.
O mais indicado é colocar o câmbio em ponto-morto e acionar o freio até a hora certa de voltar a andar. Carros manuais com sistema start-stop desligam o motor ao pressionar o pedal da embreagem e o religam ao soltá-lo para evitar esse tipo de problema.
Quem dirige utilitários (vans, furgões ou picapes) deve ficar ainda mais atento ao limite de carga estabelecido pelo fabricante.
Ultrapassar esse limite exige muito mais da embreagem, principalmente nas arrancadas, quando o carro ainda está parado. O excesso de peso também prejudica pneus e suspensão, causando desgaste generalizado no veículo.
Muitos motoristas acreditam que trocar para uma marcha mais alta em baixa velocidade ajuda a economizar combustível, mas rodar com rotações muito baixas força o sistema de embreagem, já que exige mais torque do que o necessário.
Isso pode gerar superaquecimento, pré-ignição no motor e até aumento do consumo. O ideal é manter o giro entre 2.000 e 3.000 rpm, utilizando a marcha ideal para sua velocidade.
Deixar o pé apoiado no pedal, mesmo que de forma leve, é outro costume prejudicial. Esse contato constante impede o atrito total entre disco e platô, além de desgastar os componentes como se estivessem sendo lixados. A prática também pressiona as molas do sistema, diminuindo sua durabilidade.
Usar a embreagem e o acelerador para manter o carro parado em rampas é algo que exige certa técnica, mas esse costume desgasta seriamente o sistema.
O escorregamento intenso entre disco e platô reduz a vida útil das peças. O mais recomendado é acionar o freio de mão até o momento de arrancar, o que preserva os componentes e aumenta a segurança.
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