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Publicado em 22/09/2025, às 15h23 Reprodução/Unsplash Caroline Leal
Os oceanos da Terra não são eternos. De acordo com um estudo do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS), publicado na revista Nature, dentro de cerca de 1 bilhão de anos toda a água do planeta terá evaporado completamente.
O motivo não está ligado à ação humana, mas sim à evolução natural do Sol.
Hoje, a Terra recebe 341 W/m² de radiação solar. As projeções indicam que esse número chegará a 375 W/m² nos próximos bilhões de anos, ultrapassando o limite da chamada “zona habitável”.
Esse aumento de apenas 10% na luminosidade solar será suficiente para desencadear a evaporação dos mares.
“A intensificação da radiação solar é um processo inevitável do envelhecimento da estrela”, explicam os pesquisadores.
O Sol está atualmente na fase de sequência principal, a mais estável do ciclo estelar. Com 4,5 bilhões de anos, já passou da metade de sua vida útil.
Quando o combustível de hidrogênio se esgotar, a estrela se expandirá até virar uma gigante vermelha, possivelmente engolindo a órbita da Terra.
Antes disso, no entanto, o planeta já terá perdido suas condições de habitabilidade.
A evaporação dos oceanos liberará vapor d’água em excesso na atmosfera, funcionando como um gás de efeito estufa extremamente potente. Isso criará um ciclo de aquecimento acelerado e irreversível.
Com o tempo, a radiação solar quebrará as moléculas de água e fará com que hidrogênio e oxigênio escapem para o espaço. A Terra se tornará árida, sem mares nem atmosfera estável.
As estimativas variam: alguns modelos apontam que a habitabilidade pode acabar antes de 1 bilhão de anos; outros sugerem que formas de vida mais resistentes sobrevivam por mais tempo.
O consenso, no entanto, é claro: o planeta tem prazo de validade, ditado pelas leis da astrofísica.
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