Gilberto Gil já perdeu um filho antes de Preta Gil; veja a história

A perda de Preta Gil, que morreu na noite do último domingo (20), aos 50 anos, retrata o segundo luto vivido por Gilberto Gil, de 83, em relação a um filho. O cantor baiano já havia enfrentado a mesma dor em 1990, com a morte de Pedro Gil, o mais velho.

Pedro era fruto do relacionamento do artista com Sandra Gadelha, assim como Preta e Maria. Nascido em 1970, em Londres, na Inglaterra, durante o período em que Gilberto Gil estava no exílio por causa da ditadura militar, o primogênito seguiu os passos do pai e focou na carreira musical.

Em 1985, subiu ao palco do Rock in Rio ao lado do pai, tocando bateria. Naquele mesmo ano, também fez parte da formação da banda Egotrip, da qual seria baterista. Seu talento e dedicação à música eram vistos desde cedo.

Mas sua trajetória foi interrompida quando ainda era muito jovem. Pedro morreu aos 19 anos em um acidente de carro, enquanto dirigia de São Paulo para o Rio de Janeiro.

Dor permanente

Décadas depois, em uma entrevista ao programa “Conversa com Bial”, exibida em 2024, Gilberto Gil relembrou o momento difícil e refletiu sobre a perda. “Eu tinha dificuldade em me conformar com a inversão dos fatores, de um filho ir antes do pai. Isso é duro”, relatou ele. Pedro teria completado 55 anos em maio.

Preta Gil morre aos 50 anos

A cantora Preta Gil não resistiu às complicações do tratamento contra o câncer colorretal.

Ela apresentou piora no estado de saúde a partir da última quarta-feira (16). Preta chegou a comparecer à clínica para mais uma sessão de quimioterapia, mas passou mal durante o atendimento.

Exames apontaram que a doença havia se espalhado, o que piorou o seu quadro clínico.

Descoberta do câncer

A cantora esteve em Nova York, nos Estados Unidos, realizando o tratamento do câncer, que foi descoberto em 2023.

Preta Gil enfrentou sérios problemas de saúde nos últimos anos, sendo o principal deles um câncer no intestino. Ela foi diagnosticada com adenocarcinoma no reto (um tipo de câncer colorretal).

Desde então, passou por um longo tratamento que incluiu sessões de radioterapia, quimioterapia e, posteriormente, uma cirurgia para retirada do tumor. Durante o tratamento, ela enfrentou complicações, como infecções e a necessidade de internações prolongadas.

Além das questões físicas, a filha de Gilberto Gil também relatou impactos emocionais e psicológicos decorrentes da doença, como crises de ansiedade, dores intensas e a dificuldade de lidar com a vulnerabilidade imposta pelo tratamento.

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