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Publicado em 04/11/2025, às 22h35 Foto: Reprodução/Record TV Marcela Guimarães
Com a estreia da série “Tremembé” no Prime Video, um livro antigo voltou a chamar atenção. Trata-se de “Diário de Tremembé: O Presídio dos Famosos”, de Acir Filló.
Escrito dentro da Penitenciária II de Tremembé, o livro foi proibido por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), segundo o Estadão.
A obra nunca chegou a circular oficialmente, mas ganhou notoriedade pelo conteúdo controverso e pelo possível acesso que o autor teve aos bastidores da prisão.
As capas e contracapas da obra indicam o tom provocador, já que trechos com frases atribuídas a alguns dos presos mais conhecidos do país são apresentados como “declarações inéditas” ou “desabafos” feitos ao escritor durante o cumprimento da pena.
Em um dos trechos citados, Alexandre Nardoni aparece dizendo: “Eu não matei minha filha Isabella”, numa tentativa de reafirmar sua inocência no caso que chocou o país em 2008.
O ex-médico Roger Abdelmassih, condenado por dezenas de estupros, teria afirmado: “Só me relacionei com as que quiseram. Elas me assediavam”.
Em outra passagem, o médico preso na mesma unidade, Carlos Sussumu, afirmou: “Os problemas de saúde e a prisão domiciliar de Roger Abdelmassih foram uma fraude”.
O livro também atribui a Cristian Cravinhos, um dos condenados pelo assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, a frase: “Depois que o casal Richthofen foi atacado, a Suzane foi ao quarto deles e desferiu golpes”.
Todas as falas são apresentadas como relatos dos detentos, sem confirmação de autenticidade.
Na decisão que determinou a proibição do livro, em 2019, a juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani argumentou que o conteúdo violava a privacidade dos presos e que as supostas declarações não possuíam comprovação documental.
As citações, segundo ela, ultrapassavam o limite do direito à informação. Desde então, “Diário de Tremembé” segue vetado em todo o Brasil.
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