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Publicado em 10/09/2025, às 11h53 Reprodução/ New York Times Gabriela Teodoro Cruz
Dados recentes do Programa de Saúde do World Trade Center (WTC) revelam que 48.579 socorristas e sobreviventes receberam diagnóstico de câncer relacionado à exposição a toxinas liberadas no colapso das torres e no aterro de Staten Island. Esse número já supera o total de vítimas fatais do atentado de 2001. Entre os tipos de câncer registrados estão melanoma, leucemia, linfoma, câncer de pulmão, tireoide, próstata, mama, rim e bexiga.
Nos últimos cinco anos, houve um aumento de 143% nos diagnósticos, reflexo da exposição prolongada a substâncias tóxicas e do envelhecimento da população afetada, agora majoritariamente entre 50 e 60 anos. Especialistas alertam que os efeitos dessas toxinas podem se manifestar décadas depois da exposição inicial.
Histórias de coragem ilustram o impacto do desastre. Policiais aposentados como John DeVito e Glenn Taraquinio trabalharam no Marco Zero e no aterro Fresh Kills sem proteção adequada, sendo diagnosticados com câncer de esôfago e próstata, respectivamente. A paramédica Ivonne Sanchez e o capitão aposentado Phil Rizzo também enfrentam doenças graves, buscando atenção médica estendida e reconhecimento por parte do governo.
O Programa de Saúde do WTC, que atende mais de 137 mil pessoas, enfrenta cortes orçamentários após exclusão do financiamento federal em 2024. Políticos como os senadores Chuck Schumer e Kirsten Gillibrand pedem ações para garantir a continuidade do atendimento, que é vital para socorristas e sobreviventes que ainda sofrem com as consequências do atentado.
Mais de duas décadas depois, o 11 de setembro continua a exigir coragem não apenas no enfrentamento do trauma imediato, mas também na luta por justiça, assistência médica e um futuro digno para aqueles que arriscaram suas vidas para salvar outras.