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A Vivo, uma das maiores operadoras de telecomunicações do Brasil, decidiu encerrar o regime de concessão da telefonia fixa, marcando uma mudança relevante no setor.
A partir de 31 de dezembro de 2025, a empresa passa a operar esse serviço sob o modelo privado de autorização, em acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações. A medida acompanha a queda consistente no uso do telefone fixo e sinaliza uma adaptação ao novo cenário tecnológico do país.
A alteração está inserida em um movimento mais amplo de modernização das telecomunicações no Brasil. O marco regulatório permite que as operadoras migrem de concessões antigas para contratos mais flexíveis, ajustados ao comportamento atual dos consumidores. O foco deixa de ser a telefonia tradicional e passa a priorizar conectividade e serviços digitais, áreas que concentram a maior demanda.
Com o fim da concessão, a Vivo deixa de operar sob obrigações rígidas herdadas do modelo antigo. O novo regime dá mais autonomia para definir investimentos e estratégias comerciais, alinhando o negócio às transformações do setor. A operadora aposta que essa flexibilização permitirá respostas mais rápidas às necessidades do mercado.
Segundo a empresa, a decisão reflete a redução contínua da base de usuários de telefonia fixa. O comportamento do consumidor mudou de forma estrutural, com a migração para soluções móveis e digitais. Nesse contexto, manter o antigo formato deixaria de ser sustentável no longo prazo.
Para sustentar essa transição, a Vivo anunciou um plano robusto de investimentos. Estão previstos R$ 4,5 bilhões destinados à ampliação da infraestrutura de telecomunicações. Parte desse montante será aplicada na implantação de redes de fibra óptica em 121 municípios brasileiros.
Além disso, a operadora se comprometeu a manter o serviço de telefonia fixa em localidades onde não existam alternativas competitivas até 2028. A proposta é evitar desassistência em regiões mais dependentes desse tipo de conexão, especialmente em áreas com menor oferta de serviços digitais.
O plano também inclui a expansão das redes móveis, com foco em regiões rurais e zonas urbanas que ainda enfrentam limitações de conectividade. A estratégia busca ampliar o acesso à internet de alta velocidade e fortalecer a presença da empresa em diferentes partes do país.
Apesar do discurso voltado à inovação, a Vivo enfrenta desafios operacionais que exigem atenção. Recentemente, a operadora foi notificada pelo Procon do Tocantins após reclamações de usuários sobre falhas recorrentes nos serviços de telefonia móvel e internet no município de Alvorada, segundo o Diário da Região.
O órgão de defesa do consumidor solicitou esclarecimentos técnicos e um plano de ação para corrigir os problemas, além de medidas de compensação aos clientes afetados. O episódio expõe o risco de que mudanças estruturais avancem mais rápido do que a qualidade do serviço, o que pode comprometer a confiança do público.
A situação reforça a importância de uma gestão eficiente durante a transição para o novo modelo. Para a Vivo, o desafio será equilibrar investimentos, modernização e estabilidade operacional. Garantir a continuidade e a qualidade dos serviços será decisivo para consolidar a mudança e manter a credibilidade diante de consumidores cada vez mais dependentes da conectividade digital.
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