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Publicado em 03/10/2025, às 06h00 Reprodução/Unsplash Caroline Leal
Nas últimas semanas, moradores e visitantes do litoral de São Paulo têm se deparado com uma cena incomum: o mar recuando de forma visível em Santos, Praia Grande e São Vicente, como informa a tribuna.
A faixa de areia mais larga despertou curiosidade, gerou teorias nas redes sociais e até preocupou alguns banhistas.
O fenômeno, no entanto, tem explicação científica. Segundo o meteorologista Franco Cassol, trata-se de marés baixas anômalas, que podem ocorrer em qualquer época do ano, mas são mais frequentes durante as chamadas marés de sizígia, períodos de Lua Cheia e Lua Nova.
“Essas fases lunares podem potencializar tanto as marés mais altas quanto as mais baixas, dependendo das condições meteorológicas do momento”, explica.
Nas redes, muitos vídeos dão a sensação de que o mar estaria “sumindo” rapidamente. O Cassol ressalta que essa percepção pode ser ilusória. “A maré baixa leva horas para se estabelecer.
Quando as imagens são feitas em momentos sem ondas, a impressão é de que a água recuou de repente, mas logo uma nova onda mostra que o processo é gradual”, completa.
Os registros não são isolados. Em julho, o recuo foi observado em Praia Grande e São Vicente. Já em setembro, voltou a chamar atenção em Santos, na Ponta da Praia, e no bairro Tupi, em Praia Grande.
Apesar da surpresa, o especialista reforça que não há riscos associados ao fenômeno, que não tem relação com tsunamis.
Com a chegada da primavera e o início de outubro, a expectativa é de que episódios semelhantes continuem acontecendo, especialmente durante as fases mais marcantes da Lua.