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Praia Grande amanhece com “mar seco” e fenômeno intriga população

Reprodução/ Diário do Litoral
Praia Grande amanhece com mar recuado e assusta moradores, mas, especialistas explicam que fenômeno é maré baixa e não oferece risco à população  |   BNews SP - Divulgação Reprodução/ Diário do Litoral
Gabriela Teodoro Cruz

por Gabriela Teodoro Cruz

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Publicado em 22/08/2025, às 10h52



A população de Praia Grande, no litoral de São Paulo, acordou surpresa nesta quinta-feira (21) ao se deparar com um cenário incomum: a faixa de areia estava muito maior do que o normal e o mar havia recuado significativamente. Imagens publicadas no Instagram chamaram atenção e levaram muitos moradores a afirmar que “o mar simplesmente secou”.

O fenômeno rapidamente virou assunto nas redes sociais. “O medo que tenho do mar recuado”, comentou um internauta. Outro lembrou das fortes chuvas e ressacas recentes na região: “Temporal, enchente, ressaca e agora isso? Eu em!”, escreveu.

Por que isso acontece?

As marés são influenciadas principalmente pela gravidade da Lua e do Sol. Em algumas situações, como na sizígia quando os astros estão alinhados , as variações são ainda mais acentuadas. Esse fenômeno, inclusive, já havia sido registrado no litoral paulista em julho deste ano.

Apesar do susto, especialistas explicam que não há motivo para preocupação. O fenômeno é conhecido como maré baixa e ocorre regularmente, com maior intensidade em períodos de influência de ciclones extratropicais. Segundo a oceanógrafa Regina Souza, do Núcleo de Pesquisas Hidrodinâmicas da Universidade Santa Cecília (NPH-Unisanta), trata-se de uma variação natural.

A maré mais baixa do ano foi registrada em junho

Apesar do impacto visual da maré registrada nesta quinta-feira, ela não foi a mais baixa de 2025. De acordo com o Núcleo de Pesquisas Hidrodinâmicas da Unisanta (NPH-Unisanta), em junho ocorreram duas marés ainda mais negativas do que a observada agora. Esses episódios fazem parte de um comportamento natural do oceano, influenciado principalmente pela posição da Lua e por condições atmosféricas específicas, como ventos e pressão.

A maré baixa não é motivo de desespero...

Entre as principais dúvidas da população está o mito de que o recuo do mar seria sinal de tsunami. A especialista reforça que isso não procede: “Não há nenhuma relação com risco de tsunami na região. É um evento natural e esperado”, explicou.

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