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A população de Praia Grande, no litoral de São Paulo, acordou surpresa nesta quinta-feira (21) ao se deparar com um cenário incomum: a faixa de areia estava muito maior do que o normal e o mar havia recuado significativamente. Imagens publicadas no Instagram chamaram atenção e levaram muitos moradores a afirmar que “o mar simplesmente secou”.
O fenômeno rapidamente virou assunto nas redes sociais. “O medo que tenho do mar recuado”, comentou um internauta. Outro lembrou das fortes chuvas e ressacas recentes na região: “Temporal, enchente, ressaca e agora isso? Eu em!”, escreveu.
As marés são influenciadas principalmente pela gravidade da Lua e do Sol. Em algumas situações, como na sizígia quando os astros estão alinhados , as variações são ainda mais acentuadas. Esse fenômeno, inclusive, já havia sido registrado no litoral paulista em julho deste ano.
Apesar do susto, especialistas explicam que não há motivo para preocupação. O fenômeno é conhecido como maré baixa e ocorre regularmente, com maior intensidade em períodos de influência de ciclones extratropicais. Segundo a oceanógrafa Regina Souza, do Núcleo de Pesquisas Hidrodinâmicas da Universidade Santa Cecília (NPH-Unisanta), trata-se de uma variação natural.
Apesar do impacto visual da maré registrada nesta quinta-feira, ela não foi a mais baixa de 2025. De acordo com o Núcleo de Pesquisas Hidrodinâmicas da Unisanta (NPH-Unisanta), em junho ocorreram duas marés ainda mais negativas do que a observada agora. Esses episódios fazem parte de um comportamento natural do oceano, influenciado principalmente pela posição da Lua e por condições atmosféricas específicas, como ventos e pressão.
A maré baixa não é motivo de desespero...
Entre as principais dúvidas da população está o mito de que o recuo do mar seria sinal de tsunami. A especialista reforça que isso não procede: “Não há nenhuma relação com risco de tsunami na região. É um evento natural e esperado”, explicou.
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