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Publicado em 11/08/2025, às 10h14 Reprodução/ Netflix Gabriela Teodoro Cruz
Baseado no romance My Oxford Year, da escritora Julia Whelan, o filme Meu Ano em Oxford, recém-lançado na Netflix, adapta a história com liberdade, alterando personagens, enredo e, principalmente, o final. Para quem já leu o livro, o desfecho vivido pela personagem de Sofia Carson pode ser surpreendente.
Apesar de ainda não ter versão em português, a obra conquistou leitores por tratar de forma sensível temas como amor, perda e escolhas de vida. O longa mantém essa essência, mas segue por caminhos diferentes.
No livro, a heroína é Eleanor Duran, natural de Ohio, bolsista da prestigiada Rhodes, e envolvida em uma campanha política nos Estados Unidos. No filme, ela se transforma em Anna De La Vega, nova-iorquina que pretende trabalhar na Goldman Sachs após a formatura.
A construção familiar também muda. Eleanor perdeu o pai na infância, o que influencia sua relação com a mãe e com Jamie, seu par romântico. Já Anna tem o pai vivo, e sua ligação com Jamie é moldada por outras experiências.
Até a revelação sobre o estado de saúde de Jamie acontece de maneira distinta: no romance, Eleanor percebe algo errado quando ele não aparece para estudar na biblioteca; no filme, uma bibliotecária entrega a notícia. O nome do irmão falecido de Jamie também muda de Oliver, no livro, para Eddie, no filme.
A maior divergência está no desfecho. No romance, Eleanor decide permanecer na Inglaterra, mas o futuro com Jamie fica em aberto. O tom é melancólico, porém ambíguo, sem confirmar se o casal continuará junto.
Já no filme, a equipe optou por um encerramento simbólico e emocionante: Jamie morre, e Anna viaja pela Europa realizando o sonho que compartilharam. Nas cenas finais, ele desaparece lentamente das imagens, simbolizando a presença dele na memória e a transformação dela.
Segundo Sofia Carson, que também assina a produção, a escolha pelo final trágico foi feita para transmitir esperança e continuidade após a perda. Corey Mylchreest, intérprete de Jamie, mergulhou em pesquisas sobre o direito de morrer com dignidade, tema central da narrativa.
Para Carson, o aprendizado de Anna está em aceitar a decisão de Jamie. “Ela aprende a viver com amor, alegria e plenitude”, disse.