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Publicado em 21/11/2025, às 07h24 Foto: Reprodução/Instagram Fernanda Montanha
A coroação de Fátima Bosch como Miss Universo, em cerimônia realizada em Bangkok, marcou o fim de uma edição marcada por conflitos internos e intensa repercussão internacional.
A representante mexicana, de 25 anos, havia deixado o evento semanas antes, após ser repreendida publicamente pelo diretor do Miss Universo Tailândia, Nawat Itsaragrisil, por não promover o concurso nas redes sociais.
O episódio se tornou um símbolo da crise de bastidores, já que ele ainda ameaçou punir qualquer candidata que demonstrasse apoio à mexicana.
A situação ganhou novas camadas quando dois jurados renunciaram, alegando interferência indevida na escolha das finalistas. Para parte do público, esses acontecimentos expõem fragilidades do concurso, que há anos enfrenta questionamentos sobre seu impacto cultural e queda de audiência.
A coroação de Bosch gerou celebração e controvérsia. Muitos internautas viram sua vitória como merecida pela postura firme no episódio da repreensão, enquanto outros afirmaram que a organização buscou reparar o desgaste causado.
A percepção de que a decisão teria sido influenciada pelo escândalo alimentou debates acalorados, movimentando redes sociais do México à Tailândia.
A Miss Tailândia ficou em segundo lugar e a Miss Venezuela em terceiro, fechando um pódio que refletiu a diversidade de apoiadores e o peso da opinião pública na repercussão do evento.
A turbulência desta edição também expôs tensões entre os responsáveis tailandeses e mexicanos pela gestão do Miss Universo. Nawat Itsaragrisil, conhecido por sua atuação em concursos locais, ficou no centro do debate após sua postura com a Miss México.
Ele detinha a licença para sediar a edição, enquanto a administração global estava nas mãos do empresário mexicano Raul Rocha. Essa divisão de comando gerou percepções de falta de clareza e conflitos de direção, segundo especialistas do setor.
Ao mesmo tempo, o concurso passa por mudanças estratégicas desde que a ex-proprietária Anne Jakrajutatip implementou políticas de inclusão e buscou transformar a marca em um produto midiático voltado para plataformas digitais.
Segundo a BBC, apesar das polêmicas, a organização segue apresentando o Miss Universo como uma marca global em processo de modernização. Com a audiência televisiva em queda, a aposta agora mira o TikTok e outras redes sociais, espaços em que ex-vencedoras acumulam milhões de seguidores e ampliam seu alcance.
Para a entidade, manter relevância exige conectar glamour, representatividade e engajamento digital, mesmo em meio aos questionamentos que persistem.
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