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Publicado em 07/07/2025, às 10h33 Reprodução/ Freepik Gabriela Teodoro Cruz
Nas últimas décadas, o avanço da tecnologia e a mudança na rotina das populações impactou o sono de forma negativa.
O neurologista Dr. Pedro Schestatsky, que tem pós-doutorado em Harvard, explica ao portal E.M FOCO que quando o sono é insuficiente por longos períodos, o cérebro perde sua habilidade natural de eliminar toxinas, criando um cenário favorável ao desenvolvimento de doenças como o Alzheimer.
Enquanto dormimos, o cérebro ativa um sistema chamado glinfático, responsável por eliminar resíduos e proteínas potencialmente prejudiciais. A falta de descanso adequado compromete esse processo, permitindo que substâncias como a beta‑amilóide se acumulem.
Como a apneia do sono interfere no quadro neurológico?
Pessoas que têm apneia apresentam pausas frequentes na respiração durante o sono, o que provoca baixos níveis de oxigênio no cérebro e inflamação. O especialista destaca que qualquer pessoa em estágio inicial de Alzheimer deve ser avaliada para apneia, já que esse distúrbio pode acelerar a progressão da doença se não for tratado.
Quais outros fatores agravam esses riscos?
Segundo ele, somente uma pequena parcela da população cerca de 4% mantém a saúde metabólica em equilíbrio. Isso significa que a maioria sofre algum desequilíbrio relacionado ao coração, aos níveis de gordura ou açúcar no sangue.
Associar esses problemas à falta de sono, genética e o uso excessivo das redes sociais gera um ambiente propício para estresse crônico, baixa autoestima e condições como depressão e TDAH, que estão ligados ao desenvolvimento do Alzheimer.
Qual é o papel da respiração consciente?
O Dr. Pedro compara a prática da respiração consciente a um “exercício mental”. Ao desacelerar o ritmo respiratório, é possível diminuir o estresse e a ansiedade, além de amenizar os efeitos negativos dos estímulos diários. Essa técnica pode melhorar o sono naturalmente, funcionando como um complemento importante para tratamentos a longo prazo.