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Publicado em 15/07/2025, às 13h36 Foto: Freepik Marcela Guimarães
A internet quântica está nascendo por meio do sucesso dos computadores quânticos, mas ela deve se tornar realidade antes do que muitos imaginam. Em diversos países, essa nova rede já está sendo construída e pode transformar a forma como o mundo se conecta.
Enquanto a internet atual depende de códigos e algoritmos matemáticos para proteger dados, a quântica promete algo ainda mais tecnológico: segurança baseada nas leis da física.
Conceitos como o teorema da não clonagem garantem que qualquer tentativa de espionagem seja imediatamente detectada. Interceptou? Estragou. E o sistema sabe disso.
Essa estrutura usa qubits (partículas como fótons) no lugar dos bits clássicos. Eles carregam estados quânticos que não podem ser copiados ou lidos sem alterar suas propriedades. É isso que torna a comunicação praticamente “intocável”.
Um dos maiores desafios é manter a coerência desses qubits em grandes distâncias. Para lidar com isso, pesquisadores apontados pela Gazeta de São Paulo estão desenvolvendo repetidores quânticos, que atuam com o suporte de memórias quânticas para manter os dados durante a transmissão.
Projetos experimentais já estão operando em cidades como Viena, Pequim e Chicago. Essas redes utilizam fibras ópticas e até satélites adaptados para o transporte de informações quânticas.
O satélite chinês Micius, por exemplo, distribuiu chaves quânticas em grandes distâncias com sucesso, sem depender de infraestrutura terrestre.
Na Europa, o consórcio Quantum Internet Alliance (QIA), que reúne mais de 40 instituições acadêmicas e industriais em nove países, lidera a criação de um protótipo de rede quântica pan-europeia. A meta é conectar computadores quânticos e garantir comunicações seguras entre diferentes regiões do continente.
Por aqui, a Rede Rio Quântica marca o início da comunicação quântica no país. O projeto conecta cinco instituições de pesquisa do Rio de Janeiro (UFRJ, UFF, CBPF, PUC-Rio e, futuramente, o IME) através de fibras ópticas e um feixe de laser verde que cruza 6,8 km entre os campi da UFF e do CBPF.
Essa estrutura é o primeiro passo para uma infraestrutura nacional de comunicação quântica. Ao entrar nessa corrida, o Brasil fica ao lado das potências que lideram o desenvolvimento dessa tecnologia.
Nos primeiros anos, o uso da internet quântica será restrito a setores estratégicos, como instituições governamentais, centros de pesquisa, empresas de defesa e bancos. Nessas áreas, a segurança é mais do que essencial.
Para um usuário comum, a chegada será mais lenta. Especialistas afirmam que a internet quântica não deve substituir a internet tradicional, mas coexistir com ela, como uma camada complementar focada em segurança máxima.
Partes dessa tecnologia devem chegar às casas com o tempo. Foi assim que a internet clássica também começou — até se tornar universal.
Essa revolução já começou. Usando os mesmos cabos, satélites e centros de dados da internet atual, a internet quântica está trabalhando junto com a estrutura existente. O segredo fica em como a informação é codificada e em como ela responde a qualquer tentativa de violação.
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