Entretenimento
Publicado em 28/06/2025, às 09h00 Foto: Agência Brasil Marcela Guimarães
O sonho de ver a neve caindo em São Paulo faz parte da vida de muitos paulistanos. Mas, do ponto de vista científico, esse fato está longe de se tornar realidade, já que as condições climáticas necessárias raramente acontecem na capital.
Para nevar, um frio potente não é suficiente. Uma combinação específica também é necessária: umidade alta e temperaturas negativas em todas as camadas da atmosfera, o que geralmente ocorre quando surge uma frente fria acompanhada de uma forte massa de ar polar.
Esse cenário, comum em algumas áreas da Região Sul do Brasil, não costuma ter a mesma força ao avançar em direção ao Sudeste.
Existe um boato de que teria nevado em São Paulo no dia 25 de junho de 1918, principalmente na região da Avenida Paulista, lugar mais conhecido da capital. Entretanto, de acordo com o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (IAG-USP) e a Climatempo, esse episódio foi, na verdade, uma geada histórica.
Em 1918, uma massa de ar polar trouxe temperaturas extremamente baixas, chegando a -2,1°C, uma das menores já registradas na cidade.
Na época, a geada cobriu telhados, ruas e plantações com uma fina camada branca, o que pode ter confundido as pessoas.
Ao contrário da neve, que se forma em nuvens frias e úmidas, a geada acontece na superfície. Ela aparece quando o vapor d’água próximo ao solo congela diretamente em cristais de gelo, criando aquele aspecto esbranquiçado.
Enquanto a neve precisa de frio e umidade em todas as altitudes, a geada só precisa que a temperatura no nível do solo esteja abaixo de zero (geralmente durante madrugadas secas e geladas).
Por mais que o inverno paulistano possa ser rigoroso em algumas ocasiões, o único fenômeno que a cidade já viveu continua sendo a geada.
Maior parque de diversões popular de SP tem entrada gratuita e mais de 20 atrações
Conheça a cidade fria do Nordeste conhecida por ser a ‘Suíça brasileira’