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Publicado em 09/12/2025, às 15h04 Foto: Unsplash Nathalia Quiereguini
A ideia parece absurda, mas sempre volta à tona: seria possível transformar metaiscomuns em ouro e ainda por cima dentro de casa?
A ciência moderna já mostrou que sim, é possível criar ouro, segundo O Globo. Mas a parte que estraga o encanto é simples: nada disso chega perto de ser viável, lucrativo ou acessível fora de um laboratório altamente especializado.
Nenhum método conhecido funciona com processos simples. O que permite transformar um metal em outro é a manipulação do núcleo atômico algo que exige equipamentos gigantes, energia extrema e resultados tão pequenos que mal chegam a ser visíveis.
Ou seja: a alquimia até tem sua versão moderna, mas não combina com cozinha, garagem ou improviso.
Desde os anos 1980, cientistas conseguem transformar elementos como o bismuto em ouro ao bombardeá-los com partículas de alta energia.
Esse processo, citado pela Scientific American, depende inteiramente de aceleradores nucleares, máquinas enormes, caras e complexas. A produção? Microscópica.
Um dos casos mais impressionantes ocorreu em 2025. No CERN, núcleos de chumbo foram acelerados quase à velocidade da luz e passaram tão perto uns dos outros que campos eletromagnéticos arrancaram prótons.
Alguns desses núcleos viraram ouro por um breve instante. É ciência pura, mas totalmente impraticável fora desse ambiente.
Outra possibilidade, ainda teórica, é bombardear isótopos específicos de mercúrio com nêutrons para gerar ouro-197. Na teoria faz sentido; na prática, exige energia e estrutura que ultrapassam o que qualquer aplicação comercial exigiria.
Pirita, latão e outras ligas douradas não passam de imitações. Brilham como ouro, mas não são ouro. Nenhuma transformação química está envolvida, apenas aparência.
Toda produção real de ouro depende de transmutação nuclear. E embora funcione em escala microscópica, consome energia demais e rende quase nada.
Em resumo, a ciência até consegue criar ouro, mas só em condições extremas, com custo altíssimo e resultados minúsculos.
Nada disso chega perto de uma produção útil ou acessível. Por enquanto, o “ouro feito em casa” continua sendo só uma boa história para alimentar a nossa curiosidade, não a nossa carteira.
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