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Publicado em 17/12/2025, às 10h56 Foto: Reprodução/Freepik Fernanda Montanha
A circulação recente de uma variação do vírus influenza A do tipo H3N2 colocou as autoridades de saúde em alerta, especialmente após o termo gripe K ganhar espaço fora do meio científico.
Apesar do nome chamativo, trata-se apenas de um subclado do vírus já conhecido, identificado por pequenas alterações genéticas que influenciam sua disseminação, mas não criam uma nova doença. O principal ponto de atenção está nos sintomas e na percepção da população sobre eles, que tem gerado dúvidas e preocupação.
Desde o início do monitoramento, especialistas reforçam que o quadro clínico associado a essa variante segue o padrão da gripe sazonal. Febre, dor no corpo e mal-estar continuam sendo os sinais mais comuns, sem indícios de manifestações diferentes ou mais agressivas. Mesmo assim, o aumento de relatos de sintomas intensos despertou questionamentos entre pacientes e profissionais.
De acordo com médicos da Sociedade Brasileira de Imunizações, não houve mudança no tipo de sintomas provocados pelo influenza A H3N2 ligado ao subclado K.
Os pacientes relatam febre, dor de cabeça, cansaço, tosse e dor de garganta, além de sensação de indisposição generalizada. Esses sinais fazem parte do quadro clássico de síndrome gripal, observado há décadas.
Segundo o G1, a duração da doença também permanece dentro do esperado. Em geral, os sintomas se estendem por três a sete dias, podendo variar conforme a resposta do organismo.
Especialistas explicam que não há evidências de quadros mais prolongados associados especificamente a essa variante, contrariando boatos que circularam nas redes sociais.
A intensidade dos sintomas pode variar bastante de pessoa para pessoa, independentemente do subtipo do vírus. Fatores como idade, presença de doenças crônicas, estado do sistema imunológico e histórico vacinal influenciam diretamente a forma como o corpo reage à infecção.
Isso ajuda a explicar por que algumas pessoas descrevem a gripe como mais forte, enquanto outras apresentam manifestações leves.
Crianças pequenas, idosos, gestantes e indivíduos imunocomprometidos tendem a sentir os efeitos de forma mais intensa. Ainda assim, não foram observados aumentos significativos de internações ou mortes relacionados a esse subclado, segundo dados internacionais recentes.
Embora a maioria dos casos evolua sem complicações, alguns sinais exigem atenção imediata. Febre persistente, falta de ar, prostração intensa ou piora do estado geral indicam a necessidade de avaliação médica. Nos grupos de risco, a orientação é procurar atendimento logo nos primeiros sintomas, evitando a progressão do quadro.
O diagnóstico precoce faz diferença no tratamento. Testes rápidos ajudam a identificar a influenza, permitindo o uso oportuno de antivirais como o oseltamivir, que reduzem o risco de complicações quando administrados nos primeiros dias da doença.
O que levou o subclado K a chamar atenção foi a extensão da temporada de gripe em países como Austrália e Nova Zelândia. Mesmo assim, os sintomas observados nesses locais não diferiram do padrão conhecido. A vigilância epidemiológica e a vacinação continuam sendo as principais estratégias de proteção, especialmente para reduzir casos graves.
Especialistas reforçam que, apesar da circulação prolongada do vírus, não há sinais de maior gravidade clínica. A recomendação é manter a cobertura vacinal e observar os sintomas com responsabilidade, sem alarmismo, mas com atenção aos sinais de alerta.