Saiba por que o árbitro acionou o protocolo antirracismo no Mundial de Clubes

Durante a partida em que o Real Madrid superou o Pachuca por 3 a 1 no Mundial de Clubes, o árbitro brasileiro Ramon Abatti Abel ativou o protocolo da Fifa contra o racismo. O motivo foi uma denúncia feita pelo zagueiro alemão Antonio Rüdiger, que relatou ter sido alvo de injúria racial por parte do defensor argentino Gustavo Cabral, do time mexicano.

A situação ocorreu aos 50 minutos do segundo tempo, logo após Rüdiger sofrer uma falta dentro da área do Pachuca. O jogador do Real Madrid reclamou com o árbitro, que ouviu o relato e, em seguida, se afastou dos demais atletas e fez o sinal de "X" com os braços, conforme orienta o protocolo antirracismo da Fifa. A medida indica que o caso será investigado e que os procedimentos previstos foram oficialmente iniciados.

Apesar do ocorrido, a partida prosseguiu até o apito final, já que o árbitro optou por não interromper o confronto naquele momento. O protocolo permite ao juiz decidir entre paralisar o jogo ou dar continuidade, dependendo da gravidade da situação e das condições em campo.

Ao término da partida, o clima voltou a esquentar. Rüdiger se dirigiu até Cabral para tirar satisfação, mas foi contido por companheiros de equipe e pelo técnico do Real Madrid, Xabi Alonso. Em entrevista coletiva, Alonso afirmou que o clube está ao lado de seu jogador e considerou o episódio inaceitável. Ele destacou que a entidade máxima do futebol já está apurando o caso e que atitudes como essa não podem ser admitidas no esporte.

“O Antonio nos relatou o que aconteceu e nós acreditamos nele. Agora cabe à Fifa conduzir a investigação e tomar as providências necessárias. Não há espaço para esse tipo de comportamento no futebol”, declarou o treinador.

O protocolo antirracismo prevê punições e procedimentos que podem ir da advertência à suspensão de partidas em casos mais graves.

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