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Publicado em 15/12/2025, às 23h30 - Atualizado às 23h32 Foto: Reprodução/Instagram/@valterbinotto Marcela Guimarães
Um registro feito sobre um vilarejo no sudoeste da França chamou atenção de moradores e da internet nos últimos dias.
A imagem misteriosa mostra estruturas avermelhadas no céu durante a noite, com formas que lembram águas-vivas suspensas na escuridão.
O visual diferente levou muita gente a comparar a cena com a estética da série “Stranger Things”, como se o “Mundo Invertido” tivesse tomado conta do momento.
A estranheza do fenômeno abriu espaço para várias especulações na internet. Nos comentários, surgiram teorias que iam de visitas extraterrestres a supostos testes de tecnologias militares avançadas.
Por conta da repercussão, a NASA decidiu entrar no meio da discussão para esclarecer o que, de fato, havia sido registrado.
De acordo com a agência espacial norte-americana, não há relação com OVNIs ou armamentos secretos. O que aparece na imagem é um fenômeno atmosférico raro conhecido como Sprite (sigla em inglês para Perturbações Estratosféricas Resultantes da Eletrificação de Tempestades Intensas).
Além disso, o registro também captou um Elve, ou seja, uma emissão luminosa ainda mais incomum.
Ambos pertencem à categoria dos chamados Eventos Luminosos Transitórios, manifestações rápidas e intensas que surgem na alta atmosfera, logo acima das nuvens associadas a tempestades.
A fotografia foi feita pelo italiano Valter Binotto, profissional reconhecido internacionalmente por registrar fenômenos atmosféricos difíceis de observar.
Vencedor do prêmio Wildlife Photographer of the Year, ele destacou o quão único foi o momento que conseguiu capturar sozinho.
“Desde que comecei, há mais de 10 anos, fotografei centenas de sprites. Os Elves são muito raros e, por isso, muito mais difíceis de registrar”, afirmou Binotto.
Em uma publicação no Instagram, o fotógrafo explicou com mais detalhes o que aparece na imagem: “Este é um alinhamento raro de Sprite e Elve. O Sprite é o objeto vermelho com aparência de tentáculos no centro. O ‘disco voador’ vermelho ao redor é o Elve”.
A tonalidade intensa que aparece nesses fenômenos ocorre devido à agitação de partículas de nitrogênio presentes na alta atmosfera.
Esse mesmo elemento é responsável pelo tom avermelhado que, em algumas situações, pode ser visto nas bordas inferiores da aurora boreal, por mais que, nesse caso, o estímulo venha do espaço.
Sprites e Elves duram apenas frações de segundo e se formam a dezenas de km acima da superfície terrestre, o que explica por que raramente são vistos a olho nu.
Curiosamente, para conseguir captar o momento, Valter Binotto utiliza uma câmera adaptada para astrofotografia, capaz de registrar comprimentos de onda mais próximos do infravermelho.
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