R$ 10,4 bilhões esquecidos em bancos esperam por donos; veja como recuperar

O Banco Central anunciou nesta terça-feira (7) que cerca de R$ 10,46 bilhões continuam disponíveis no Sistema de Valores a Receber (SVR), aguardando que cidadãos e empresas façam o saque. O montante corresponde a quantias esquecidas em bancos e outras instituições financeiras.

Desde o lançamento do sistema, mais de R$ 11,74 bilhões já foram devolvidos aos correntistas. Esse valor representa pouco mais da metade dos R$ 22,2 bilhões disponibilizados até agora. Segundo o último levantamento, 30,2 milhões de pessoas físicas e 3,1 milhões de empresas já retiraram os recursos.

Por outro lado, ainda existem 48,4 milhões de clientes pessoa física e 4,5 milhões de pessoa jurídica que não recuperaram os valores. A maior parte dos esquecimentos envolve pequenas quantias, mas os números gerais são expressivos, segundo o IstoÉ Dinheiro.

Valores esquecidos estão em diversas instituições

A maioria dos casos envolve quantias modestas: 64% dos beneficiários têm até R$ 10 para sacar, enquanto 24% possuem até R$ 100. Outros 10% têm valores de até R$ 1 mil, e apenas 1,8% ultrapassam essa faixa. Mesmo pequenas quantias, quando somadas, representam bilhões de reais.

Os valores esquecidos estão concentrados principalmente em bancos, mas também aparecem em cooperativas de crédito, administradoras de consórcio, instituições de pagamento, corretoras e financeiras. O dinheiro permanece guardado até que o titular ou representante legal faça o pedido de devolução.

A consulta e o resgate podem ser realizados a qualquer momento pela plataforma do SVR. O serviço permite verificar se pessoas físicas, empresas ou até pessoas falecidas têm valores disponíveis.

Procedimento de resgate ficou mais simples

Desde maio, o sistema passou por mudanças que simplificaram a solicitação. Agora, quem tiver valores a receber pode ativar a função de resgate automático, eliminando a necessidade de repetir o procedimento para cada instituição. Essa modalidade é exclusiva para pessoas físicas com chave Pix registrada no CPF.

Para usar o recurso, é preciso ter conta gov.br nos níveis prata ou ouro e habilitar a autenticação em duas etapas. Quem ainda não possui chave Pix vinculada ao CPF deve cadastrá-la no banco antes de prosseguir.

No caso de valores pertencentes a pessoas falecidas ou empresas encerradas, herdeiros e representantes legais podem acessar a plataforma com sua conta gov.br e assinar um termo de responsabilidade para liberar os recursos.

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