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Câmeras flagram 9 mil vezes a mesma placa de moto falsa em SP

A maioria das placas ilegais identificadas apresenta a mesma combinação, levantando preocupações sobre segurança viária.  |  Foto: Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 13/08/2025, às 07h32   Foto: Reprodução/Redes Sociais   Fernanda Montanha

Entre junho e julho deste ano, câmeras do sistema de monitoramento da Prefeitura de São Paulo flagraram 10.901 casos de placas adulteradas circulando pela cidade. A grande maioria — cerca de 84% — apresentava a mesma combinação falsa: “BRA49CC”. Outras 11 placas ilegais também foram identificadas, todas com final “CC”.

Segundo a CNN, apesar do alto número de registros, o impacto nas ruas foi mínimo. Apenas 0,14% dos veículos foram de fato apreendidos pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) — o equivalente a 15 motocicletas.

Placas falsas vendidas na internet

De acordo com a Polícia Civil, essas placas podem ser compradas facilmente online, custando entre R$ 20 e R$ 30. A instalação é considerada simples, principalmente após a retirada da obrigatoriedade do lacre metálico pelo Ministério dos Transportes.

O lacre, que antes fixava a placa ao veículo, funcionava como uma barreira importante contra adulterações, dificultando trocas não autorizadas e garantindo autenticidade.

Em junho, a Prefeitura enviou um ofício solicitando o retorno do lacre, afirmando que a medida ajudaria a coibir crimes cometidos com veículos roubados, especialmente motos, usadas em roubos, latrocínios e homicídios.

Casos que chamaram atenção

Em fevereiro, a Polícia encontrou dez placas falsas na casa de Suedna Carneiro, conhecida como “Mainha do crime”, presa por ligação com o assassinato de um delegado e ciclista em frente ao Parque do Povo, na capital. As placas adulteradas eram usadas para despistar a polícia durante a prática de crimes.

Nova tecnologia no combate ao crime

Para reforçar a fiscalização, 100 câmeras inteligentes serão instaladas em motos da GCM e da Polícia Militar dentro do programa Smart Sampa. Os equipamentos terão reconhecimento de placas e de rostos, enviando alertas imediatos à central de monitoramento.

Com a tecnologia de Reconhecimento Óptico de Caracteres (OCR), é possível transformar imagens em texto legível, permitindo cruzar informações com bancos de dados da Justiça.

Segundo a Prefeitura, a parceria com o Governo do Estado tem como meta aumentar a eficiência na identificação de veículos roubados ou adulterados e expandir o uso da tecnologia para a segurança urbana.

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