Polícia

Caso Eloá: entenda por que Sonia Abrão foi detonada na época do crime

Documentário “Caso Eloá: Refém ao Vivo” relembrou a cobertura polêmica feita por Sonia Abrão durante o sequestro transmitido ao vivo em 2008  |  Foto: Reprodução/RedeTV! e Netflix

Publicado em 12/11/2025, às 22h48   Foto: Reprodução/RedeTV! e Netflix   Marcela Guimarães

O lançamento do documentário “Caso Eloá: Refém ao Vivo”, que chegou ao catálogo da Netflix nesta quarta-feira (12), fez com que uma situação envolvendo a jornalista Sonia Abrão voltasse a repercutir.

A produção traz de volta um dos crimes mais marcantes da televisão brasileira e retoma a pressão sobre os limites da imprensa em situações como essa.

Cobertura que parou o Brasil

Em 2008, o Brasil inteiro acompanhou com apreensão as mais de 100 horas em que a adolescente Eloá Pimentel, que tinha 15 anos, foi mantida refém pelo ex-namorado, Lindemberg Alves, em Santo André (SP).

O caso dominou o noticiário e se transformou em um dos eventos mais memoráveis da história da TV nacional.

“Caso Eloá: Refém ao Vivo” (Foto: Divulgação/Netflix)

Polêmica com Sonia Abrão

A cobertura não foi diferente para a RedeTV!, canal onde é transmitido o programa “A Tarde é Sua”, apresentado por Sonia Abrão até os dias de hoje.

Em um momento controverso, a apresentadora decidiu conversar ao vivo com o sequestrador e, em seguida, com a própria Eloá, enquanto as negociações com a polícia ainda estavam acontecendo.

A atitude causou uma forte reação entre autoridades e especialistas, que apontaram o risco de interferência direta na operação policial.

Segundo apuração do portal Metrópoles, o Ministério Público chegou a avaliar a possibilidade de responsabilizar a emissora, alegando que a entrevista poderia ter colocado mais vidas em perigo.

A repercussão transformou o episódio em um símbolo da “espetacularização da tragédia”, expressão que passou a ser usada para definir coberturas jornalísticas que ultrapassam os limites éticos em busca de audiência.

Sobre o crime

Em outubro de 2008, Lindemberg Alves invadiu o apartamento onde Eloá estudava com a amiga Nayara, que também tinha 15 anos.

As duas ficaram seis dias como reféns em Santo André, até a ação do GATE, que terminou de forma trágica. O sequestrador atirou em Nayara, que sobreviveu, e contra Eloá, que não resistiu aos ferimentos.

Lindemberg acabou sendo condenado a 39 anos de prisão e segue detido em Tremembé, no interior de São Paulo.

Classificação Indicativa: Livre


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