Polícia
Publicado em 01/09/2025, às 09h56 Foto: Reprodução/Redes Sociais Fernanda Montanha
Na última sexta-feira (29), um ataque cibernético atingiu instituições financeiras e desviou aproximadamente R$ 420 milhões em transferências realizadas por Pix.
O golpe explorou falhas na infraestrutura da Sinqia, empresa brasileira que conecta bancos ao sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC).
Segundo fontes, cerca de R$ 380 milhões saíram do HSBC e outros R$ 40 milhões da Artta. Ainda assim, a infraestrutura central do Pix não foi comprometida e segue funcionando normalmente.
De acordo com a Sinqia, os criminosos exploraram vulnerabilidades restritas aos seus próprios servidores, que se comunicam diretamente com o Banco Central. Assim que a atividade suspeita foi detectada, o BC desconectou a empresa do sistema financeiro nacional, evitando que o ataque alcançasse outras instituições.
A ação foi rápida o suficiente para bloquear R$ 350 milhões antes que fossem efetivamente desviados. Agora, o Banco Central atua para recuperar o restante do valor, conta o G1.
O HSBC, maior prejudicado, declarou que não houve impacto em contas de clientes. O desvio ocorreu apenas em uma conta de um provedor, e medidas emergenciais foram tomadas para bloquear as transações. O banco reforçou seu compromisso com a segurança e colaboração total com as autoridades.
Já a Artta informou que as operações atingidas estavam ligadas apenas a contas mantidas junto ao Banco Central, usadas para liquidação interbancária. Assim como o HSBC, a instituição reforçou que nenhum cliente teve valores comprometidos.
A Sinqia contratou especialistas forenses para apurar a origem do ataque e iniciou a reconstrução das plataformas em um novo ambiente, com monitoramento reforçado e múltiplas camadas de proteção.
O episódio ocorre semanas após um ataque semelhante à C&M Software, que resultou no desvio de quase R$ 1 bilhão. Até agora, não há indícios de ligação entre os dois crimes.
O Banco Central destacou que a segurança é um pilar do Pix e que o sistema passará por ajustes para facilitar a devolução de valores em casos de fraudes. A partir de fevereiro de 2026, será obrigatório rastrear o caminho do dinheiro, o que deve ampliar a eficácia dos reembolsos.
Mesmo com ataques recentes, o Pix segue sendo considerado um dos meios de pagamento mais seguros do país, segundo o BC.
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