Polícia
Publicado em 12/06/2025, às 10h30 Foto: Reprodução/Conmebol e Reprodução/Instagram Marcela Guimarães
O jogador paraguaio Damián Bobadilla, do São Paulo, foi indiciado por injúria racial na última quarta-feira (11).
Ele teria chamado um jogador venezuelano de “morto de fome” durante um jogo da Copa Libertadores. Apesar do caso, o volante não deve ser preso nesta fase da investigação.
De acordo com o delegado Rodrigo Corrêa Baptista, da 6ª Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), não há, até o momento, provas suficientes para justificar a prisão do jogador.
A Polícia Civil segue analisando imagens fornecidas pelo São Paulo para concluir o inquérito. Após a finalização, o caso será encaminhado ao Ministério Público de São Paulo (MPSP), que decidirá se há necessidade de outras medidas, como um possível pedido para que ele seja preso.
Segundo o delegado, a chance de uma prisão imediata é considerada “bem remota”.
No último dia 27 de maio, a vitória do São Paulo por 2 a 1 sobre o Talleres, pela Copa Libertadores, foi ofuscada por uma grave denúncia de xenofobia feita após a partida.
O caso envolveu o paraguaio Damián Bobadilla, do time paulista, e o lateral-esquerdo Miguel Navarro, da equipe argentina, que é venezuelano.
Visivelmente abalado, Navarro deixou o gramado chorando e evitou dar entrevistas naquele momento. Ele procurou o posto policial no MorumBIS para prestar depoimento.
Depois, foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim), onde deu mais detalhes sobre a acusação. Após o segundo depoimento, ainda emocionado, o jogador conversou brevemente com a imprensa.
A fala gerou certa comoção no elenco do Talleres, que se reuniu em volta de Bobadilla, e repercutiu fora de campo.
Esse foi o segundo episódio envolvendo xenofobia nessa edição da Libertadores. Em abril, o meia uruguaio Pablo Ceppelini, do Alianza Lima, foi suspenso por quatro meses após chamar torcedores do Boca Juniors de “bolivianos” em tom ofensivo durante uma partida na Bombonera.
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