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PF investiga esquema que vendia diplomas falsos em SP; entenda o caso

Operação Código 451 cumpre mandados em 11 estados e o DF para desarticular esquema de venda de diplomas falsos usados por falsos profissionais  |  Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 11/06/2025, às 10h35   Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil   Marcela Guimarães

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (11) a Operação Código 451, que tem como foco desmantelar uma organização criminosa especializada na falsificação e comercialização de diplomas de ensino superior.

Os documentos em questão eram utilizados para obter registros em conselhos profissionais e permitir que os envolvidos exercessem ilegalmente carreiras como Direito, Engenharia e Educação Física.

Ao todo, 25 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos no Distrito Federal e em outros 11 estados, incluindo São Paulo. A casa do principal suspeito de comandar o crime está envolvida e beneficiários da fraude também foram alvo da operação.

Início das investigações

Tudo começou após a PF identificar um diploma falso apresentado para registro profissional. A partir daí, foi localizado um site fraudulento de plataforma pública que simulava um esquema oficial de “validação de diplomas”.

Esse sistema mostrava diversos documentos falsificados em nome de terceiros, todos sendo vendidos através de redes sociais e aplicativos de mensagem.

Já foram identificados pelo menos 33 diplomas fraudulentos vinculados ao portal. Alguns dos cursos que aparecem são Biomedicina, Psicologia, Administração, Fisioterapia e Engenharias.

A organização criminosa atuava de forma estruturada, existindo uma divisão clara de tarefas. Além disso, há indícios de lavagem de dinheiro e oito pessoas já estariam exercendo atividades dadas por esses diplomas falsos.

A PF comunicou os conselhos profissionais afetados, que devem adotar providências administrativas e disciplinares em relação aos registros obtidos de forma ilegal.

Até o momento, os envolvidos devem responder por crimes como falsificação de documento público, uso de documento falso, estelionato, exercício ilegal da profissão e receptação.

Classificação Indicativa: Livre


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