Política

Carla Zambelli é condenada a 10 anos de prisão por caso hacker

Ministros também condenaram Walter Delgatti, um dos responsáveis pela invasão hacker, a oito anos de prisão  |  Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Publicado em 15/05/2025, às 10h41   Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados   Redação

A deputada Federal, Carla Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por unanimidade a dez anos de prisão nesta quarta-feira (14).

Zambelli foi acusada de invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos.

Walter Delgatti, um dos responsáveis pela invasão, também foi condenado a oito anos de prisão pelo mesmo motivo. Ambos respondem pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. Juntos devem pagar a indenização de R$ 2 milhões.

Carla Zambelli também irá perder o mandato como deputada quando não houver mais possibilidade de recurso. Os dois foram acusados em fevereiro pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de atacar sistemas do CNJ para incitar atos antidemocráticos.

Em nota divulgada na última sexta-feira (9), a defesa da deputada alegou as acusações serem  “absolutamente injusto” e que Zambelli tenha sido “julgada e condenada sem provas irrefutáveis e induvidosas”.

Leia a íntegra da nota:

“A defesa da deputada Carla Zambelli novamente externa sua irresignação, não somente pelo voto proferido que arbitrariamente julgou procedente as acusações, mas especialmente pelas inúmeras nulidades desprezadas e cerceamento de defesa ocorrido. Além disso, apesar do enorme respeito que se tem para com os Eminentes Ministros da 1ª Turma da Suprema Corte, inadmissível que o processo não tenha sido submetido a julgamento presencial ou virtual com a possibilidade de sustentação oral na presença dos julgadores, bem como, que ainda não tenha sido disponibilizada ao menos audiência com os integrantes da Turma julgadora para que a defesa possa apresentar memoriais e externar pontos importantes do processo. Absolutamente injusto que a Deputada tenha sido julgada e condenada sem provas irrefutáveis e induvidosas, ainda mais por fatos que desconhecia, como por exemplo os alvarás falsos que o mitômano Walter fez para seu primo e terceiras pessoas. Saliente-se que jamais se deixará de acreditar na Justiça e se espera que algum dos Ministros possa pedir vistas e examinar todos os argumentos lançados pela defesa e, futuramente, modifique o rumo sugestionado pelo Relator”.

Classificação Indicativa: Livre


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