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Gripe avança em SP e mortes mais que dobram: o que está por trás disso?

Especialistas alertam para baixa adesão à vacina e aumento de casos graves, principalmente entre crianças e idosos.  |  Foto: Reprodução/Agência Brasil

Publicado em 05/07/2025, às 10h51   Foto: Reprodução/Agência Brasil   Fernanda Montanha

O número de óbitos causados pela gripe na cidade de São Paulo apresentou um salto preocupante em 2025. Entre janeiro e junho, foram registradas 256 mortes, mais que o dobro das 91 contabilizadas no mesmo período do ano passado. Paralelamente, os casos da doença também aumentaram de forma expressiva: passaram de 1.173 para 2.149 no comparativo semestral.

Segundo o G1, esse crescimento tem gerado alerta entre profissionais de saúde, que reforçam a importância da vacinação, sobretudo para os públicos considerados mais vulneráveis, como crianças pequenas, idosos e gestantes. Ainda assim, a adesão à campanha segue aquém do esperado: apenas 47,31% das pessoas que integram os grupos de risco foram vacinadas até o momento, bem abaixo da meta de 90% estipulada pelas autoridades.

Para estimular a população a se imunizar, a Secretaria Municipal da Saúde adotou algumas medidas. Dentre elas, estão as ações do "Dia D", quando Unidades Básicas de Saúde (UBSs) funcionam aos sábados, e a entrega de comprovantes de vacinação atualizados para crianças em idade escolar. A vacina é gratuita e está liberada para toda a população, não se restringindo mais apenas aos grupos prioritários.

A situação crítica se estende para todo o estado de São Paulo. Mais de 36 mil casos graves de infecções respiratórias foram notificados neste ano, resultando em mais de 10 mil internações em UTIs e 3.124 mortes. Crianças de 1 a 4 anos são as mais afetadas entre os casos graves.

No site da prefeitura, por meio da plataforma Busca Saúde, é possível consultar os locais e horários de vacinação. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, o imunizante contra a gripe faz parte do calendário nacional e a aplicação é responsabilidade das prefeituras. Como a vacina leva em média 15 dias para produzir os efeitos esperados, o momento para se proteger é agora — ainda mais diante das temperaturas baixas e da circulação de vírus respiratórios.

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