Metanol no corpo: veja o que acontece após 12, 24 e 48 horas

As primeiras horas após a ingestão de metanol podem ser enganosas. Isso acontece porque o organismo metaboliza a substância como se fosse álcool comum.

No entanto, em pouco tempo, o fígado começa a produzir compostos altamente tóxicos que atacam principalmente os olhos e o cérebro.

Diante do aumento de casos registrados no estado de São Paulo, é fundamental compreender como os efeitos do metanol evoluem no organismo.

Primeiras 12 horas

No início, a intoxicação por metanol apresenta sintomas semelhantes aos de uma embriaguez comum, o que faz com que muitas pessoas demorem a buscar atendimento médico.

Segundo a BBC, especialistas alertam que as chances de recuperação são boas apenas se o tratamento for iniciado rapidamente, de preferência nas primeiras horas após o surgimento dos sintomas.

Até 24 horas

Com a evolução do quadro, os olhos são os primeiros a sofrer. Isso ocorre porque o ácido fórmico, produto tóxico do metabolismo do metanol, interrompe a produção de energia nas mitocôndrias celulares. Tecidos com alta demanda energética, como a retina e os nervos, são os mais afetados.

Nessa fase, o sangue também se torna excessivamente ácido, provocando respiração acelerada, fraqueza, confusão mental e sobrecarga para o coração e os pulmões.

Até 48 horas

Sem tratamento adequado, a situação se agrava em até dois dias, tornando-se crítica. O sistema nervoso central é gravemente comprometido pelo ácido fórmico, podendo levar a convulsões, perda de consciência, coma e até arritmias cardíacas fatais.

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