Política

Nikolas Ferreira cita Capitão Nascimento em meio à megaoperação no Rio; veja

Após Nikolas Ferreira (PL) citar o personagem de “Tropa de Elite”, falas de Capitão Nascimento voltaram a circular nas redes sociais  |  Foto: Divulgação/Universal Pictures e Reprodução/Redes sociais

Publicado em 30/10/2025, às 21h38   Foto: Divulgação/Universal Pictures e Reprodução/Redes sociais   Marcela Guimarães

A declaração do deputado federal Nikolas Ferreira (PL) teve grande repercussão nas redes sociais após a megaoperação policial no Rio de Janeiro que deixou 121 mortos e, entre eles, dois policiais civis e dois militares.

Na última terça-feira (28), o deputado publicou no X (antigo Twitter): “Menos Wagner Moura, mais Capitão Nascimento”.

Menos Wagner Moura, mais Capitão Nascimento.

— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) October 29, 2025

A frase viralizou rapidamente e trouxe de volta um debate sobre a referência citada. Saiba quem é o Capitão Nascimento e o que ele representa dentro do universo de “Tropa de Elite”.

Personagem e contradição

Interpretado por Wagner Moura no filme dirigido por José Padilha em 2007, o Capitão Roberto Nascimento é o líder do Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio de Janeiro (BOPE).

Conhecido por sua personalidade rígida e por ser considerado “incorruptível”, o personagem se tornou um ícone da cultura popular, mas também um símbolo de contradição.

Em algumas entrevistas, José Padilha já afirmou que o objetivo do filme era criticar a estrutura da polícia carioca, e não enaltecê-la.

“O ‘Tropa [de Elite]’ elegeu um policial particularmente violento como personagem principal. E mais, tentou explicar a lógica por trás do comportamento deste policial, enquanto mostrava as violências e atrocidades que ele cometia contra os excluídos”, disse o diretor ao Omelete em 2017.

Reações e ironias nas redes

Após a postagem de Nikolas Ferreira, internautas passaram a resgatar trechos de “Tropa de Elite 2”, filme lançado em 2010, para rebater o deputado.

Em uma das falas mais lembradas, o personagem afirma: “Deputado Fraga, metade dos seus colegas aqui nessa casa deveria estar na cadeia. Metade é pouco, deputado. Aqui tem uns seis ou sete de ficha limpa”.

Em outro momento, Capitão Nascimento reflete sobre o próprio sistema policial: “A verdade é que a Polícia Militar do Rio tem que acabar. Tenho 21 anos de polícia e não sei dizer por que matei, por quem matei. Mas o que posso afirmar é que o policial não puxa esse gatilho sozinho”.

Esses trechos, que receberam novas interpretações pelos usuários, serviram para evidenciar o contraste entre o discurso de Nikolas e a crítica principal da obra de José Padilha que, mais do que exaltar o personagem, buscava questionar a violência e a corrupção enraizadas no Brasil.

*Com apuração do Metrópoles

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