Projeto quer transformar o ‘buraco quente’ em patrimônio de SP; entenda

O deputado estadual Paulo Correa Jr. (PSD) apresentou um projeto de lei que pretende oficializar o “buraco quente” como patrimônio cultural imaterial do Estado de São Paulo. O lanche, feito com pão francês recheado com carne moída, é bastante popular e tradicional em diversas regiões paulistas, especialmente em encontros familiares e celebrações comunitárias.

De acordo com o parlamentar, o “buraco quente” surgiu no município de Pariquera-Açu, localizado no Vale do Ribeira, interior do estado. A justificativa da proposta ressalta que esse sanduíche representa uma importante expressão da cultura alimentar regional, tendo se tornado um símbolo das tradições locais.

A iniciativa vai além da simples valorização gastronômica. Correa Jr. destaca que reconhecer o lanche como patrimônio imaterial ajuda a preservar a memória coletiva e fortalece a identidade cultural paulista. Além disso, a proposta visa impulsionar o turismo gastronômico, aproveitando o apelo afetivo e histórico do alimento para atrair visitantes interessados em experiências culinárias autênticas.

“Ao longo do tempo, o buraco quente passou a fazer parte da vida das pessoas, marcando presença em festas de escola, quermesses, encontros de bairro e comemorações familiares. É um prato que carrega lembranças e afetos, principalmente para os moradores de Pariquera-Açu”, afirmou o deputado.

Com a aprovação da medida, o sanduíche ganharia o reconhecimento formal como bem cultural, o que poderia abrir caminho para ações de divulgação, apoio a pequenos comerciantes e iniciativas de valorização da culinária local. O projeto também sinaliza uma atenção maior à preservação de costumes simples, mas significativos, que ajudam a contar a história de um povo.

A proposta ainda será analisada nas comissões da Assembleia Legislativa antes de seguir para votação em plenário. Caso aprovada, o “buraco quente” se juntará a outros elementos da cultura paulista já reconhecidos como patrimônios imateriais.

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