Política
Publicado em 04/08/2025, às 09h32 Reprodução/ Instagram Gabriela Teodoro Cruz
A atriz Sydney Sweeney, estrela de sucessos como Euphoria e The White Lotus, se tornou alvo de duras críticas nas redes sociais nos últimos dias. A polêmica começou com sua participação em uma campanha da marca American Eagle e ganhou força com a revelação de sua filiação ao Partido Republicano, do ex-presidente Donald Trump.
A repercussão colocou a atriz no centro de uma discussão que mistura política, moda e pautas sensíveis como racismo e eugenia.
Usuários da rede X (antigo Twitter) descobriram recentemente que Sweeney é filiada ao Partido Republicano desde junho de 2024. A revelação chega em um momento delicado, já que Donald Trump voltou à presidência dos Estados Unidos em novembro do mesmo ano, derrotando Kamala Harris, do Partido Democrata.
A filiação foi interpretada por parte do público como um endosso à extrema-direita americana, especialmente após os seis primeiros meses do novo mandato de Trump, marcados por políticas polêmicas sobre imigração e tarifas comerciais. A associação de Sweeney com o partido intensificou as críticas, especialmente entre fãs e colegas da indústria do entretenimento, historicamente mais alinhada a pautas progressistas.
Além da filiação partidária, a atriz se envolveu em outra controvérsia ao protagonizar a nova campanha da American Eagle. O slogan “Sydney Sweeney tem ótimos jeans” gerou desconforto entre internautas devido ao jogo de palavras com "jeans" (calças) e "genes" (material genético), que têm pronúncia semelhante em inglês.
No vídeo promocional, Sweeney diz:
"Genes são passados de pais para filhos, muitas vezes determinando características como cor do cabelo, personalidade e até cor dos olhos. Meus jeans são azuis."
Críticos enxergaram o trocadilho como uma possível alusão à eugenia — uma teoria pseudocientífica e racista que propõe a seleção genética como forma de "melhorar" a espécie humana. Embora a associação não tenha sido confirmada pela marca, o discurso levantou debates sobre o papel da publicidade na normalização de discursos problemáticos, mesmo que de forma sutil ou simbólica.
Até o momento, nem Sydney Sweeney nem a American Eagle comentaram publicamente as críticas. O silêncio tem sido interpretado de formas distintas: para alguns, trata-se de uma estratégia para aguardar a reação da imprensa; para outros, um sinal de falta de responsabilidade diante da gravidade dos temas levantados.
Enquanto isso, as redes sociais continuam divididas. Há quem defenda a atriz, alegando exagero nas críticas e reforçando seu direito de escolha política. Mas há também quem veja na campanha e na filiação partidária um retrato do distanciamento de figuras públicas em relação às causas sociais que suas imagens frequentemente representam.
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