Política
Sem a presença da família Bolsonaro nem do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ato bolsonarista deste domingo (3), na Avenida Paulista, teve como principal protagonista o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). O parlamentar subiu ao trio elétrico, fez duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes e ainda realizou uma chamada de vídeo com Jair Bolsonaro, que acompanhou o evento de Brasília, devido às medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“Você não pode falar, mas pode ver”, disse Nikolas ao mostrar a multidão para o ex-presidente. O deputado ainda provocou o ministro Moraes: “Você, sem a toga, não sobra nada. A primeira sanção já veio. Eu posso usar cartão, redes sociais e até pente de cabelo”, ironizou, em referência às sanções da Lei Magnitsky.
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O ato teve como pano de fundo ataques ao STF e ao presidente Lula. Nikolas afirmou que quer ver Moraes “atrás das grades” e puxou o coro de “Fora, Xandão!”, acompanhado pelos manifestantes com bandeiras do Brasil e faixas de apoio a Donald Trump.
Entre os ausentes estavam Tarcísio, que passou por procedimento médico, e Michelle Bolsonaro, que permaneceu em Belém em agenda do PL Mulher. Os filhos de Bolsonaro também não subiram no trio: Flávio participou de ato no Rio, Carlos em Santa Catarina e Eduardo segue nos Estados Unidos.
Silas Malafaia, organizador do evento, criticou os que se colocam como alternativa a Bolsonaro e não compareceram. “Até aqui, Bolsonaro é insubstituível!”, disse o pastor. Já o deputado Marco Feliciano (PL-SP) rebateu possíveis críticas sobre o tamanho do público: “Vão falar que flopou. Flopou aonde?”.
Além de São Paulo, mais de 15 capitais registraram manifestações bolsonaristas, que pediram o impeachment de Moraes e protestaram contra as medidas impostas ao ex-presidente. Segundo aliados, as restrições como a tornozeleira eletrônica e a proibição de sair de casa nos fins de semana aumentaram a mobilização.
Segundo o Uol, para o aliado Fábio Wajngarten, a manifestação provou a força do ex-presidente: “Mesmo com cautelares inconcebíveis, o povo foi às ruas em defesa de Bolsonaro”.
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De acordo com o Monitor do Debate Político do Cebrap e da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a ONG More in Common, 37,6 mil pessoas participaram da manifestação.
O pico do ato foi registrado às 15h33, com base em imagens aéreas analisadas por software de inteligência artificial.
O número superou o ato anterior, de 29 de junho, que reuniu 12,4 mil pessoas, mas ficou abaixo do penúltimo, em 7 de abril, quando 44,9 mil apoiadores foram às ruas.
Com cartazes e faixas pedindo o impeachment de Alexandre de Moraes e mensagens em apoio ao ex-presidente, o ato reforçou a mobilização do bolsonarismo na capital paulista, mesmo diante das restrições impostas a Bolsonaro.
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