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Terceira guerra mundial é possível? Entenda os sinais que estão deixando o mundo em alerta

Com a entrada dos EUA na guerra entre Irã e Israel, especialistas especulam a probabilidade de uma nova guerra mundial começar.  |  No último sábado (21), os EUA bombardearam complexos nucleares do Irã, em parceria com Israel. - Foto: Palestina via Unsplash

Publicado em 23/06/2025, às 16h32   No último sábado (21), os EUA bombardearam complexos nucleares do Irã, em parceria com Israel. - Foto: Palestina via Unsplash   Camila Lutfi

Os Estados Unidos entraram na guerra entre Irã e Israel no último sábado (21) após atacara complexos nucleares do Irã com bombas antibunker. O presidente Donald Trump afirmou que os ataques foram uma "ação defensiva" para impedir que o Irã desenvolvesse armas nucleares.

O país bombardeou as três principais instalações nucleares do Irã: Fordow, Natanz e Isfahan. A ação foi coordenada com Israel após uma semana de combates aéreos entre os países do Oriente Médio.

Em entrevista à CNN Brasil, Celso Amorim, assessor internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que há possibilidade de ocorrer uma terceira guerra mundial caso o conflito no Oriente Médio e a guerra entre Rússia e Ucrânia se relacionem.

Amorim vê que o momento é perisogo, pois as guerras mencionadas possuem alto potencial de se alastrarem. Ainda que não se torne uma guerra total, uma possível aliança entre os países em conflitos — até o momento, separados — pode gerar uma nova guerra mundial, com reflexos negativos na economia e no preço do petróleo.

O assessor ainda destacou que o contexto atual é o mais perigoso que ele já viu em mais de 60 anos trabalhando com a diplomacia. De acordo com ele, as manifestações religiosas estão entre as bases do conflito e são difíceis de conter. Além disso, são muitos países incontroláveis e com direções imprevisíveis que podem se envolver nas guerras.

No último domingo (22), o Itamaraty, órgão do governo brasileiro responsável pela política externa do País e pelas relações internacionais, publicou uma nota que condena o ataque dos EUA ao Irã. Em referência, Amorim destaca que esse ataque violou o direito internacional.

Para o assessor, é difícil que o Irã desista do seu programa nuclear, mesmo com o bombardeio americano. Ainda assim, ele concorda com o fim das armas nucleares para os países do Oriente Médio, como propõe o governo do Egito.

Ainda, a temática do bombardeio dos EUA no Irã deve ser abortada pela reunião da Cúpula dos Brics, no Rio de Janeiro, nos dias 6 e 7 de julho. Amorim destacou que há muitas dúvidas para saber o que fazer, mas é possível que os Brics tentem entrar emacordo para ajudar a conter a guerra.

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