Política
por Camila Lutfi
Publicado em 17/06/2025, às 18h37
Nesta terça-feira (17) as Forças Armadas iranianas alertaram Israel sobre a intensificação de "ataques violentos" nas próximas horas, alegando ter armas novas e avançadas. Em meio ao cenário, especulações de uma guerra nuclear podem surgir.
Os ataques entre Israel e Irã começaram na madrugada da última sexta-feira (13), quando o governo israelense bombardeou Natanz, o centro do programa nuclear do país, e atacou altos líderes militares do iranianos. Teerã, capital do Irã, iniciou a retaliação logo em seguida, aumentando os temores de um conflito maior no Oriente Médio.
Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), os ataques impedem um desenvolvimento nuclear do Irã, que ameaça a existência israelense. Além disso, ativos militares e figuras-chave do exército do país também são alvos da IDF.
Nos ataques anunciados hoje pelo Irã, a agência de notícias estatal iraniana IRNA informou que centenas de drones de longo alcance com “capacidade de precisão e alto poder destrutivo” atingiram áreas nas cidades israelenses de Tel Aviv e Haifa.
Com os ataques entre os países do Oriente Médio, há novas especulações do início de um conflito nuclear. No entanto, caso uma bomba nuclear seja lançada, o Brasil não será atingido em seu território, sem afetar o ecossistema.
É o que indica o professor titular da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Claudio Geraldo Schön, que coordena o curso de Engenharia Nuclear, em entrevista ao portal Terra.
Ele explica que isso acontece porque existe uma região de alta pressão no Equador que mantém massas em seus hemisférios. Portanto, uma explosão nuclear acontecendo no hemisfério norte não deve provocar efeito no hemisfério sul.
Para que o Brasil fosse afetado, a explosão teria que ocorrer no território nacional ou muito perto, como no oeste africano.
No entanto, Schön pondera que quando se fala de uma guerra nuclear, também se fala sobre grandes potências se atacando mutuamente. Nesse caso, o País com certeza será atingido. No entanto, abordando o tema geopoliticamente, o risco de uma guerra nuclear acontecer é baixa.
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