Entretenimento
A série “Ângela Diniz: Assassinada e Condenada”, lançada recentemente pela HBO Max, retorna a um dos episódios criminais mais discutidos da história brasileira: o assassinato da socialite Ângela Diniz por Doca Street, em 1976. A trama acompanha a trajetória da vítima, interpretada por Marjorie Estiano, e reconstrói o caso que mobilizou o país.
Em entrevista à CNN, as produtoras Renata Brandão e Renata Rezende explicaram que a narrativa se apoia em conversas com mulheres próximas a Ângela, mas adota recursos ficcionais para aprofundar emoções e relações.
Entre os elementos mais fiéis, a equipe destaca o julgamento exibido nos episódios finais. À época, o caso ganhou enorme repercussão nacional, sobretudo quando a defesa de Doca Street, papel de Emilio Dantas, alegou a chamada “legítima defesa da honra”.
A tese, considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal desde 2023, sustentava que o réu teria reagido para preservar sua honra diante de suposta provocação.
A primeira condenação, de apenas dois anos de prisão, provocou revolta e impulsionou movimentos feministas pelo país. A pressão pública levou à reabertura do caso e a um novo julgamento, em 1981, quando Doca recebeu pena de 15 anos.
Embora a série busque retratar fielmente o ambiente emocional e social da época, várias personagens foram criadas ou condensadas para facilitar a narrativa. Amigas que dão suporte à protagonista, como Lulu Prado (Camila Márdila) e Gilda Rabelo (Renata Gaspar), são inspiradas em pessoas reais, mas transformadas em figuras ficcionais.
O mesmo ocorre na representação familiar. Na vida real, Ângela era mãe de três filhos: Cristiana, Luiz Felipe e Milton Vilas Boas, enquanto a produção apresenta apenas uma filha, Mariana (Maria Volpe).
Classificação Indicativa: Livre