Entretenimento
Em julho de 2024, uma falha em uma atualização de software de uma única empresa de segurança cibernética provocou um colapso digital que afetou sistemas em todo o mundo.
Na ocasião, a CrowdStrike, companhia sediada nos Estados Unidos, lançou uma atualização que acabou derrubando computadores e redes corporativas globalmente. O erro sobrecarregou aeroportos, paralisou escritórios, atrasou voos e até interferiu em operações prisionais um cenário que ficou conhecido como o maior apagão cibernético da história recente.
O incidente voltou a ser lembrado nesta segunda-feira (20), após uma nova instabilidade atingir a nuvem da Amazon Web Services (AWS), afetando serviços como Alexa, Prime Video e o próprio site da empresa. Segundo a plataforma Downdetector, o problema começou durante a madrugada e foi parcialmente resolvido por volta das 8h, embora algumas requisições ainda estejam sendo limitadas.
A falha da CrowdStrike levantou alertas sobre a dependência global de poucas empresas na área de tecnologia e segurança digital. Autoridades dos Estados Unidos discutiram, na época, a necessidade de políticas mais robustas para evitar catástrofes semelhantes.
“Precisamos pensar sobre nossa resiliência digital — não apenas nos sistemas que usamos, mas também na segurança globalmente interconectada. É essencial garantir que, caso um incidente ocorra, ele possa ser contido e que a recuperação seja rápida”, afirmou Anne Neuberger, assessora sênior de segurança cibernética da Casa Branca, durante o Aspen Security Forum.
Embora o episódio de 2024 não tenha sido causado por hackers, ele reacendeu o temor sobre o impacto que um ataque cibernético poderia ter em larga escala. Especialistas lembram casos como o hack do software SolarWinds, em 2020 atribuído à Rússia e o ciberataque de 2017, que causou bilhões em prejuízos à economia global.
“O episódio do CrowdStrike mostrou o dano que um adversário mal-intencionado poderia causar se quisesse”, observou Tobias Feakin, ex-embaixador de segurança cibernética e tecnologia crítica do Ministério das Relações Exteriores da Austrália.
Classificação Indicativa: Livre