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No coração da Dubai Marina, uma torre de 75 andares desafia os limites da engenharia: a Cayan Tower. Com design helicoidal e 307 metros de altura, o arranha-céu foi projetado para resistir a furacões e aos extremos climáticos do Golfo Pérsico. Sua estrutura impressionante, girando 90 graus do térreo até o topo, combina colunas anguladas e um núcleo central robusto, em um verdadeiro feito da arquitetura contemporânea.
O projeto, assinado pela Skidmore, Owings & Merrill, mesma empresa responsável pelo Burj Khalifa, foi lançado em 2013 como um ícone da arquitetura futurista, ao custo de US$ 1 bilhão.
Entretanto, mais de uma década após a inauguração, a torre ainda enfrenta um dilema: muitos de seus apartamentos permanecem vazios. Por que um projeto tão emblemático não conquistou a ocupação esperada?
A resposta envolve uma combinação de fatores. O boom imobiliário em Dubai, entre 2006 e 2015, gerou um excesso de unidades residenciais, superando a demanda. Além disso, os preços elevados que podem ultrapassar US$ 2,5 milhões por apartamento restringem o acesso a um público mais amplo. Os custos de manutenção, até 30% superiores aos de prédios tradicionais, também desestimulam novos compradores.
Mesmo com toda a visibilidade e o status de ícone urbano, a Cayan Tower se tornou um símbolo das complexidades do mercado imobiliário local. Enquanto seu design futurista ainda atrai olhares e visitantes, a torre revela um alerta: na arquitetura, beleza e inovação precisam caminhar lado a lado com a viabilidade econômica.
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