Entretenimento
por Marcela Guimarães
Publicado em 13/05/2025, às 15h44
No coração do Brasil, entre os estados de Mato Grosso e Goiás, uma descoberta geológica de proporções gigantescas se esconde em meio à paisagem: a cratera de Araguainha, resultado do impacto de um asteroide que atingiu a Terra há cerca de 250 milhões de anos.
Com um impressionante diâmetro de 40 quilômetros, ela é considerada a maior do tipo em toda a América do Sul e tornou-se um grande objeto de estudo por pesquisadores.
Chamada de Domo de Araguainha, essa cratera natural começou a chamar atenção na década de 1960, quando técnicos da Petrobras notaram uma formação circular incomum em suas pesquisas geológicas. Inicialmente, a ideia era de que se tratava de uma formação subterrânea.
Por outro lado, a verdadeira natureza da estrutura só começou a aparecer com imagens de satélite da missão Landsat, quando geólogos norte-americanos perceberam do espaço o que não era visível por aqui.
Mais tarde, cientistas brasileiros confirmaram a teoria e classificaram a estrutura como um astroblema — termo usado para destacar marcas deixadas por meteoros na crosta terrestre.
Com uma área total de cerca de 1.300 km², a cratera se espalha por seis municípios, abrangendo tanto o território mato-grossense (Araguainha, Alto Araguaia e Ponte Branca) quanto o goiano (Doverlândia, Mineiros e Santa Rita do Araguaia). Para fazer uma comparação, ela ultrapassa até mesmo o tamanho da cidade do Rio de Janeiro, que tem apenas 1.200 km².
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