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O município de Gavião Peixoto, no interior paulista, ganhou destaque nacional após registrar a maior média salarial do estado de São Paulo, superando tanto a capital quanto Campinas, conhecida como a “capital do interior”.
Segundo o Censo 2022 do IBGE, os trabalhadores formais da cidade recebem, em média, 5,2 salários mínimos por mês.
Para efeito de comparação:
São Paulo: 4,4 salários mínimos;
Campinas: 3,8 salários mínimos;
Média nacional: menos de 3 salários mínimos.
O resultado coloca o pequeno município em posição de destaque no cenário econômico brasileiro.
O desempenho acima da média tem explicação estrutural. A presença da Embraer, que mantém uma planta com mais de 2.800 empregos altamente qualificados, é um dos pilares da economia local.
A unidade conta ainda com uma das maiores pistas do mundo, com 4.967 metros, usada para testes e operações especiais.
Laranja representa 53% das atividades;
Cana-de-açúcar, 38%.
Empresas como Cutrale e Fischer são responsáveis por grande parte dessa produção.
Além dos altos salários, Gavião Peixoto também apresenta indicadores sociais positivos. Em 2024, foi líder do Índice de Progresso Social entre os 5.570 municípios do Brasil.
A cidade se beneficia de sua localização estratégica, próxima a Araraquara e a importantes eixos rodoviários, o que facilita tanto a logística agroindustrial quanto o deslocamento de profissionais para a Embraer.
A média salarial de Gavião Peixoto também supera a de outros polos industriais de São Paulo:
Paulínia: 4,6 salários mínimos;
São Paulo: 4,4 salários mínimos;
Barueri: 4,1 salários mínimos.
A diferença está no perfil dos trabalhadores. Em Gavião Peixoto, a presença de cargos altamente qualificados no setor aeronáutico e no agronegócio exportador concentra salários elevados em um número relativamente pequeno de empregados, elevando a média geral.
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