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Foto: Divulgação/NASA
O cometa interestelar 3I/Atlas, considerado apenas o terceiro visitante de outra região da galáxia já identificado por cientistas, está passando pelo Sistema Solar e poderá ser observado de casa.
O Projeto Telescópio Virtual fará uma transmissão especial nesta quarta-feira (19), a partir das 4h15 UTC (1h15 no horário de Brasília), com imagens captadas diretamente da Itália.
Descoberto em 1º de julho pelo sistema de monitoramento ATLAS, responsável por detectar objetos com potencial risco de impacto, o cometa chamou a atenção logo nas primeiras observações.
Os dados iniciais indicaram que sua trajetória vinha de fora do Sistema Solar, o que depois foi confirmado, classificando-o oficialmente como um cometa interestelar.
Desde a confirmação, observatórios de diversos países têm acompanhado de perto o comportamento do 3I/Atlas. Apesar de sua origem incomum, o objeto apresenta as mesmas estruturas de um cometa tradicional, como cauda de poeira e gás, segundo informações do Correio Braziliense.
Sua composição, porém, é de grande interesse, já que ele se formou em outra região da galáxia e viajou por bilhões de anos antes de se aproximar do Sol.
O cometa também protagonizou uma descoberta inédita: em 24 de outubro, pesquisadores registraram pela primeira vez uma emissão de rádio vinda dele.
No dia 29 de outubro, o objeto atingiu o periélio (ponto de maior proximidade com o Sol). No entanto, por estar atrás do Sol no campo de visão terrestre, ficou temporariamente invisível para os astrônomos.
Para quem deseja observar essa passagem rara, o Projeto Telescópio Virtual transmitirá ao vivo o movimento do 3I/Atlas, usando seus equipamentos robóticos instalados em Manciano, na Itália. A exibição será feita diretamente no site oficial da iniciativa.
Astrônomos destacam que, embora seja possível tentar observar o cometa com equipamentos adequados nos próximos dias, a transmissão garante uma visão privilegiada e segura do fenômeno.
A visita do 3I/Atlas deve ser breve, tornando essa uma oportunidade única para acompanhar um objeto interestelar em tempo real, algo que a ciência só viu acontecer duas outras vezes na história.
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