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Como estão Margarida e Rene Bonetti hoje, após ‘A Mulher da Casa Abandonada’

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O documentário no Prime Video apresenta Hilda dos Santos, vítima dos abusos, compartilhando seu relato após mais de 20 anos.  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Redes Sociais
Fernanda Montanha

por Fernanda Montanha

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Publicado em 18/08/2025, às 09h23



Em 2022, o podcast do jornalista Chico Felitti trouxe à tona a história de Margarida Bonetti, figura misteriosa residente em uma mansão em ruínas no bairro de Higienópolis, São Paulo. Foragida dos Estados Unidos, ela era investigada por manter uma empregada doméstica em condições análogas à escravidão.

Três anos depois, o caso volta a repercutir com a estreia de um documentário em três episódios no Prime Video, lançado na última sexta-feira (15). Pela primeira vez, Hilda dos Santos, vítima dos abusos ocorridos nos anos 1990, compartilha seu relato após mais de duas décadas do julgamento.

Depoimentos e ausência da família

O documentário contou com a participação da vítima, mas Margarida e Rene Bonetti, casal que levou Hilda para os Estados Unidos em 1980, optaram por não participar. O filho deles, Artur, também não quis se manifestar. A diretora Kátia Lund afirmou que outros parentes foram contatados:

“Falamos com toda a família: irmãs, primos, tios. Mas todos escolheram permanecer em silêncio. Respeitamos a decisão, mas deixamos a porta aberta até o final.”

A ausência de depoimentos familiares reforça o clima de mistério que cerca a mansão e a trajetória de Margarida.

Vida atual de Margarida e Rene Bonetti

Margarida continua morando na mansão em Higienópolis. Desde sua fuga dos Estados Unidos, não foi julgada pelo crime de trabalho análogo à escravidão, e o processo prescreveu.

Na vizinhança, sua presença chama atenção tanto pelo acúmulo de entulho quanto pelo aspecto físico, sendo vista com uma grossa camada de pomada branca no rosto.

Após retornar ao Brasil, viveu de forma discreta no interior do estado, usando o nome Maria, antes de voltar para a mansão onde permanece atualmente.

Prime

Rene Bonetti, por sua vez, manteve a carreira como engenheiro e mudou-se com a família para os Estados Unidos em 1980. Atuou em pesquisas de satélites para a NASA e, durante esse período, Hilda foi levada para trabalhar para o casal em Gaithersburg, próximo a Washington.

Condenado a 6 anos e meio de prisão e à indenização de US$ 110 mil, Rene reconstruiu sua vida no exterior. Desde 2018, ocupa o cargo de diretor de carga útil na Northrop Grumman Innovation Systems, com salário estimado em US$ 220 mil por ano, segundo o portal Metrópoles.

O documentário revela não apenas a história de abusos, mas também a resistência e a voz de Hilda, oferecendo um olhar profundo sobre um caso que marcou duas décadas e ainda desperta interesse pelo drama humano e social envolvido.

Classificação Indicativa: Livre

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