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Demência por Corpos de Lewy: entenda sintomas da doença que afeta Milton Nascimento

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O cantor Milton Nascimento, foi diagnosticado com Demência por Corpos de Lewy, confirmando a luta contra doenças neurodegenerativas.  |   BNews SP - Divulgação Reprodução/ Marcos Hermes
Caroline Leal

por Caroline Leal

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Publicado em 02/10/2025, às 15h29



Foi revelado que o cantor e compositor Milton Nascimento, um ícone da Música Popular Brasileira (MPB), foi diagnosticado com Demência por Corpos de Lewy (DCL).

A informação foi confirmada pelo o seu filho e empresário, Augusto Nascimento, em uma entrevista à revista Piauí. O artista, que tem 82 anos, já tratava a Doença de Parkinson, que havia sido confirmada no ano de 2022.

O novo quadro reacende o debate sobre doenças neurodegenerativas e os cuidados necessários para garantir qualidade de vida aos pacientes.

O que é a Demência por Corpos de Lewy

Segundo o neurologista Rodrigo Silveira, do Hospital Icaraí (RJ), a DCL é a terceira principal causa de demência, atingindo entre 3,5 e 7 pessoas a cada 100 mil habitantes. A condição reúne três características principais: parkinsonismo, déficit cognitivo e alucinações visuais.

“Ela prejudica a funcionalidade do dia a dia, como a capacidade de resolver problemas, lembrar informações, se localizar no tempo e no espaço, além de comprometer a locomoção e trazer alucinações, que podem ser muito impactantes”, explicou o especialista ao gshow.

Os sintomas se assemelham tanto ao Mal de Alzheimer, em relação à memória, quanto ao Parkinson, no que se refere às limitações motoras.

Há tratamento?

A DCL não tem cura, mas existem medicamentos capazes de controlar os sintomas e retardar a progressão da doença.

O neurologista cita o uso de inibidores da acetilcolinesterase, como a donepezila, que ajudam na cognição e nas alucinações, além da levodopa, indicada para os sintomas motores.

Além dos fármacos, terapias complementares, como fisioterapia, atividade física e estímulo cognitivo, são fundamentais no tratamento.

Evolução da doença

De acordo com Silveira, o avanço da degeneração das células cerebrais varia de paciente para paciente.

Em alguns casos, os sintomas começam a se intensificar cerca de um ano após os primeiros sinais de perda de memória.

Classificação Indicativa: Livre

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