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Economista prevê reviravolta que pode mudar BMW, VW e Mercedes para sempre; entenda

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BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Youtube
Fernanda Montanha

por Fernanda Montanha

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Publicado em 19/11/2025, às 13h50



Uma análise recente do economista alemão Moritz Schularick reacendeu preocupações profundas sobre o futuro das grandes montadoras da Alemanha. Para ele, BMW, Volkswagen e Mercedes enfrentam transformações tão intensas que podem deixar de existir em sua configuração atual. A fala ganhou força justamente porque ocorre em um momento de instabilidade estrutural, marcado por concorrentes agressivos e novas exigências tecnológicas.

As fabricantes atravessam simultaneamente a eletrificação, a corrida pela direção autônoma e um ambiente global de tarifas cada vez mais imprevisível. Esses fatores têm exigido investimentos volumosos em um ritmo que muitas empresas não conseguem acompanhar. Enquanto isso, marcas chinesas já avançam com preços competitivos e produção em larga escala, tornando o desafio ainda mais complexo.

Foto: Reprodução/Volkswagen
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A declaração que provocou reação nacional

A afirmação de Schularick foi feita durante entrevista à televisão pública alemã e se espalhou rapidamente pelo setor. Segundo ele, as tendências de médio prazo indicam que as três montadoras precisam de ajustes radicais para não perderem relevância. A expressão forma atual se tornou o centro da discussão, levantando possibilidades de fusões, reestruturações ou até perda de competitividade global.

A indústria reagiu de imediato. A Associação Alemã da Indústria Automotiva classificou a previsão como exagerada, defendendo que as empresas continuam sólidas mesmo em meio às pressões externas. Já representantes políticos minimizaram o risco de que investidores estrangeiros assumam marcas tradicionais, embora admitam que o país vive um momento crítico de adaptação.

Queda nos lucros e impacto social ampliam o alerta

Os números recentes reforçam a gravidade do cenário. A Porsche registrou uma queda drástica no lucro operacional, impulsionada por custos elevados de baterias, retração na China e tarifas impostas por outros mercados. Outros grupos enfrentam situações semelhantes. O avanço lento na transição elétrica pesa diretamente nas margens, que já estão mais apertadas devido à concorrência internacional.

Além da perda financeira, um efeito cascata atinge trabalhadores e cidades dependentes da produção automotiva. Consultorias já estimam milhares de empregos em risco, e diversas empresas reduziram turnos, fecharam unidades ou iniciaram programas de corte de pessoal. A pressão se espalha por toda a cadeia produtiva, incluindo fornecedores, logística e transporte, segundo o Click Petróleo e Gás.

Um futuro ainda incerto

A análise de Schularick não determina o destino das montadoras, mas expõe um ponto sensível: a Alemanha precisa acelerar a renovação industrial. Entre exigências ambientais, desafios econômicos e uma corrida tecnológica global, a próxima década deve redefinir o papel do país no setor automotivo. O consenso entre especialistas é que o modelo vigente não resistirá sem mudanças profundas, deixando em aberto quais marcas conseguirão se reinventar a tempo.

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