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A exposição “A Ecologia de Monet” se transformou em um verdadeiro fenômeno cultural em São Paulo. Desde a abertura em maio, mais de 410 mil pessoas já passaram pelo MASP, superando todas as mostras anteriores do museu.
O recorde anterior pertencia à retrospectiva “Tarsila Popular”, realizada em 2019, que reuniu 402.850 visitantes. Antes disso, o próprio Monet já havia conquistado o topo, em 1997, com 401.201 pessoas.
O pintor francês voltou a atrair multidões, confirmando a força atemporal de sua obra.
Pela primeira vez no hemisfério sul, a exposição apresenta 32 pinturas de Claude Monet (1840–1926), cobrindo diferentes períodos de sua trajetória, de 1870 a 1920.
A curadoria é assinada por Adriano Pedrosa e Fernando Oliva, com apoio de Isabela Ferreira Loures. O recorte busca relacionar o trabalho do artista com temas como industrialização, transformações ambientais e a relação do homem com a natureza.
Segundo Oliva para o G1, “é inegável que Monet registrou mudanças profundas de sua época, desde enchentes e degelos até os efeitos da modernização”.
A mostra foi dividida em cinco seções: Os barcos de Monet, O Sena como Ecossistema, Neblina e Fumaça, O Pintor como Caçador e Giverny: Natureza Controlada.
No núcleo “Neblina e Fumaça”, o visitante encontra obras que revelam o impacto da energia a vapor, das fábricas e do carvão no cenário urbano do século XIX. Já em “Giverny”, aparecem as famosas representações dos jardins cultivados pelo próprio Monet, incluindo A ponte japonesa e outras telas das ninfeias.
Outro destaque é “O Sena como Ecossistema”, que evidencia a relação do artista com o rio que acompanhou sua vida desde a infância em Le Havre.
Monet tratava a natureza como inspiração e também como desafio a ser domado.
Diante do sucesso, o MASP decidiu estender a exposição até 6 de setembro e ampliar o horário de funcionamento em seus últimos dias. Haverá sessões gratuitas em períodos específicos, permitindo que ainda mais visitantes tenham acesso às obras.
A mostra integra o programa Histórias da Ecologia, que também inclui artistas como Frans Krajcberg, Hulda Guzmán e Clarissa Tossin. Além disso, será lançado um catálogo bilíngue com ensaios inéditos sobre o tema.
Local: MASP – Avenida Paulista, 1578 – São Paulo
Ingressos: R$ 75 (inteira) / R$ 37 (meia)
Gratuidade: terças o dia todo e sextas das 18h às 20h30
Horários: terça a domingo, conforme programação disponível no site oficial
Acessibilidade: visitas em Libras, legendas ampliadas e materiais audiovisuais
Classificação Indicativa: Livre