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Final de "Bugonia" revela segredo perturbador sobre humanidade; entenda

Foto: Reprodução/IMDB.
Nova sátira sci-fi de Yorgos Lanthimos transforma abelhas, paranoia e teorias da conspiração em uma reflexão brutal sobre o destino da humanidade  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/IMDB.
Bianca Novais

por Bianca Novais

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Publicado em 27/11/2025, às 13h15



O novo filme de Yorgos Lanthimos, “Bugonia”, estreia nesta quinta-feira (27) nos cinemas brasileiros e promete desmontar expectativas e provocar inquietação, característica marcante do cineasta.

Como destaca o Flixlândia, o longa não é uma ficção científica tradicional, mas uma sátira viscosa sobre a era da desinformação, algo que o diretor imprime desde a primeira imagem: Emma Stone, irreconhecível, coberta por uma mistura grotesca de mel, sangue e creme antialérgico.

Essa estética pegajosa transborda para o principal tema do filme: o caos entre verdade e delírio.

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Paranoia ou profecia?

Refilmagem do cult sul-coreano “Save the Green Planet!” (2003), “Bugonia” acompanha Teddy (Jesse Plemons), um homem que vê na CEO Michelle Fuller (Stone) não uma executiva, mas a Imperatriz de Andrômeda, uma alienígena que estaria exterminando abelhas para dominar a Terra

Essa paranoia conduz a um ciclo de tortura e delírio que, aos poucos, prende o espectador num porão onde a loucura parece fazer sentido.

O mel e os insetos, afirma o Flixlândia, dão forma à metáfora central do filme: a tentativa desesperada e violenta de salvar aquilo que estamos destruindo.

Lanthimos usa as abelhas como símbolo de vida e, ao mesmo tempo, como instrumento de dor, reforçando o tema da devastação provocada por mãos humanas.

A reviravolta: quando o paranoico está certo

É no final que o diretor executa seu golpe mais cruel: Michelle realmente é a Imperatriz de Andrômeda. A lógica muda abruptamente. Teddy não era um conspiracionista delirante; era um profeta ignorado. Mas a revelação não traz alívio, apenas horror.

O Flixlândia explica que o filme assume, então, uma conclusão niilista: os alienígenas não são invasores malignos, mas jardineiros cósmicos. Para eles, a humanidade se tornou uma praga, e a solução é simples e silenciosa: dedetização.

O planeta sob uma redoma

Na cena final, a Terra é confinada sob uma redoma de vidro. A humanidade é extinta instantaneamente. O zumbido das abelhas retorna e a natureza recomeça. “Bugonia” não questiona se existem alienígenas, mas se a raça humana merece existir.

Classificação Indicativa: Livre

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