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O uso do Ozempic, medicamento amplamente utilizado no controle do diabetes tipo 2 e no tratamento da obesidade, vai além da regulação da glicemia e da perda de peso. Seus efeitos colaterais e benefícios indiretos também refletem na vida íntima, influenciando o desejo e o desempenho sexual de homens e mulheres.
No universo feminino, a ginecologista Izadora Rabelo destaca que o fármaco não interfere de forma direta na libido. Porém, o emagrecimento traz consigo transformações físicas, hormonais e emocionais que acabam refletindo no bem-estar sexual. “Muitas mulheres relatam aumento do desejo, mais energia e autoestima elevada, o que favorece uma relação mais satisfatória”, afirma a médica para o portal Metrópoles.
Por outro lado, algumas pacientes sentem o impacto negativo de efeitos adversos comuns ao tratamento. Entre eles estão o mal-estar gastrointestinal, as deficiências nutricionais e a perda de massa magra, fatores que reduzem a disposição e podem abalar a vitalidade sexual. Além disso, alterações hormonais decorrentes da diminuição do tecido adiposo e sentimentos de insegurança diante do novo corpo também podem pesar na balança.
Entre os homens, os estudos estão em fase inicial, mas já apontam possíveis vínculos entre o medicamento e disfunções sexuais. O urologista Alexandre Sallum, professor da USP, cita pesquisas que indicaram mudanças na função erétil em alguns usuários. “É fundamental procurar um especialista ao perceber alterações, para um diagnóstico preciso e indicação do tratamento adequado”, orienta o médico.
Ambos os profissionais reforçam: cada organismo reage de forma única, e o acompanhamento médico contínuo é indispensável. Se surgirem dúvidas ou incômodos na esfera sexual, consultar um ginecologista ou urologista é essencial para garantir que a saúde e a qualidade de vida caminhem lado a lado durante o uso do Ozempic.
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