Emagrecer sem dieta? Conheça o novo Ozempic, que promete queimar gordura naturalmente

O Ozempic se tornou popular ao redor do mundo como um auxiliar no processo de emagrecimento. Apesar dos resultados positivos na balança, esses medicamentos costumam trazer efeitos colaterais indesejados, como náuseas, alterações no apetite e problemas gastrointestinais.

Uma nova esperança surge para quem busca perder peso de forma mais natural e menos “invasiva”. Pesquisadores anunciaram avanços em um medicamento experimental que estimula o próprio tecido adiposo a gastar mais energia, gerando calor (termogênese) sem interferir no cérebro ou na sensação de fome.

Inclusão

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Resultados em testes

Levando o nome de SANA, o composto é um derivado do salicilato, mesma base química da aspirina, com propriedades analgésicas e anti-inflamatórias já conhecidas.

Em testes com camundongos, o SANA evitou o acúmulo de gordura mesmo quando os animais foram submetidos a uma dieta rica em lipídeos.

Além de prevenir o ganho de peso, o medicamento também reverteu quadros de obesidade instalada, reduziu os níveis de glicose no sangue, melhorou a resistência à insulina e diminuiu a gordura acumulada no fígado, condição chamada de esteatose hepática, ainda sem um tratamento específico.

Um dos principais diferenciais do medicamento é como ele age, atuando diretamente nas células de gordura e estimulando uma via metabólica conhecida como “ciclo fútil da creatina”. Ali, o composto de aminoácidos é convertido em fosfocreatina de forma contínua e depois volta a ser creatina, consumindo energia (ATP) no processo e liberando calor.

Ou seja: parte da energia armazenada é “queimada” sem alterar o apetite ou causar efeitos no sistema nervoso central ou digestivo, um grande destaque em relação a medicamentos já existentes.

Próximos passos

As descobertas foram divulgadas na revista Nature Metabolism e prometem melhorar os meios de combate à obesidade. De acordo com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), novos estudos clínicos em humanos serão feitos para verificar se o SANA gera os mesmos resultados observados em animais.