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Considerado um dos criminosos mais infames do país, o ex-médico Roger Abdelmassih ganhou destaque nacional após ser condenado por violentar 37 mulheres em sua clínica de fertilização, em São Paulo.
A história de seus crimes voltou aos holofotes com a estreia da série Tremembé, do Prime Video, que retrata os bastidores do presídio que abriga figuras conhecidas da mídia.
Em 2014, Abdelmassih foi sentenciado a 278 anos de prisão, pena depois reduzida para 181 anos. As investigações apontaram um padrão de abusos cometidos contra pacientes sedadas, durante procedimentos médicos realizados em sua clínica, localizada na Avenida Brasil, uma das áreas mais nobres da capital paulista.
De acordo com o Ministério Público, as vítimas (mulheres que buscavam o sonho da maternidade) foram atacadas enquanto estavam inconscientes, sob efeito de sedativos. Muitas relataram acordar durante os abusos, percebendo o médico sobre elas em pleno ato de violência.
As denúncias contra Abdelmassih começaram a vir à tona em 2009. Naquele mesmo ano, ele chegou a ser preso, mas conseguiu responder em liberdade. Em 2010, recebeu a primeira condenação e, enquanto recorria, fugiu para o Paraguai, onde viveu com a esposa e os filhos.
Em 2014, foi localizado em Assunção por meio de uma operação conjunta da Polícia Federal brasileira e autoridades paraguaias. Deportado, foi levado a Foz do Iguaçu e, depois, transferido para o presídio de Tremembé, no interior paulista, onde cumpre pena até hoje.
Sua captura foi possível graças à denúncia da estilista Vana Lopes, uma das vítimas, que o procurou por anos até vê-lo novamente atrás das grades.
Aos 81 anos, Abdelmassih tenta, repetidamente, deixar a prisão alegando problemas de saúde. Em julho de 2024, ele apresentou um laudo médico à Justiça relatando miocardiopatia dilatada, disfunção do ventrículo esquerdo e hipertensão pulmonar.
A defesa, liderada por sua esposa e advogada, Larissa Maria Sacco Abdelmassih, solicitou que o ex-médico pudesse cumprir o restante da pena em casa. O pedido, no entanto, foi negado pela juíza Sueli Zeraik, que considerou o quadro clínico estável e afirmou que o réu recebe atendimento médico constante na unidade prisional, segundo o Metrópoles.
Assim, Roger Abdelmassih segue preso em Tremembé, com previsão de liberdade apenas em 2047, quando completará 104 anos.
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