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Reprodução/ Netflix
A Netflix lançou no dia 20 de agosto a minissérie brasileira “Pssica”, que rapidamente entrou para a lista das produções mais assistidas da plataforma. O sucesso se deve à força da narrativa, que aborda temas pesados como abuso sexual, violência urbana e vingança. As cenas, segundo críticos, são tão realistas que chegam a ser perturbadoras. Mas fica a dúvida: a história é real?
Apesar de impactante, “Pssica” NÃO é baseada em uma história real, mas sim no livro homônimo de Edyr Augusto. A obra, porém, foi inspirada em fatos e relatos verídicos. Em entrevista à Vice, o autor explicou que a trama nasceu a partir de histórias ouvidas em cidades do Pará, como Breves, Faro e Afuá, além da própria Belém, considerada uma das capitais mais violentas do mundo.
Casos envolvendo tráfico, prostituição infantil e violência extrema ajudaram a compor o enredo. Um exemplo chocante citado pelo autor foram leilões de meninas com apenas 11 ou 12 anos na Ilha de Marajó, prática real que ele descobriu durante suas apurações. Ex-jornalista, Augusto usou sua experiência para criar uma obra que retrata a brutalidade da região com autenticidade.
O termo Pssica não tem um único significado, mas no Pará é usado como gíria para azar, maldição ou algo negativo. A palavra tem origem no idioma indígena nheengatu e é comum em expressões como “jogar uma psica”, quando se deseja que algo dê errado.
Na versão para as telas, acompanhamos Janalice (Domithila Cattete), uma jovem vítima de abuso sexual sequestrada por uma quadrilha que atua nos rios amazônicos. O elenco conta ainda com Lucas Galvino no papel de um criminoso e a atriz colombiana Marleyda Soto como Mariangel, uma mulher que busca vingança após perder a família.
Os protagonistas carregam a sensação de estarem presos a uma maldição inevitável, que conduz seus destinos a tragédias. Com apenas quatro episódios, a série entrega um drama intenso, realista e angustiante o que explica por que vem chocando e conquistando os assinantes da Netflix.
Classificação Indicativa: Livre
