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Relação com contratos e regras sexuais: brasileira revela como é ser submissa

Foto: Reprodução/Instagram/@ninadegladius
Submissa há oito anos, nina de Gladius compartilha nas redes sociais sua rotina marcada por rituais que envolvem o universo BDSM  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Instagram/@ninadegladius
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 06/06/2025, às 17h13



Aos 40 anos, nina de Gladius vive um relacionamento que foge do padrão: ela é submissa dentro do BDSM, sigla para “bondage, disciplina, dominação, submissão, sadismo e masoquismo”. Nesse universo, é comum que a submissa escreva seu nome com letra minúscula, enquanto o nome do dominador vem sempre com inicial maiúscula.

Foi após 16 anos de casamento que nina sentiu falta de algo a mais. Ao tentar reacender a chama com o ex-marido, percebeu que seu desejo ia além da vida sexual, já que ela queria ser submissa o tempo todo e não apenas em quatro paredes. Assim, conheceu Gladius e pediu para que ele a orientasse nesse “mundo”. Ele aceitou a aventura, segundo relato ao UOL.

Na época, ela morava em São Paulo e mantinha um relacionamento aberto. Aos fins de semana, viajava até Santos, no litoral paulista, para aprender com Gladius as práticas de submissão. No início, a relação entre os dois não tinha contato sexual. O foco era o aprendizado de como funcionava o BDSM, incluindo tarefas domésticas, rituais e códigos.

Ali, nina passou a ajoelhar-se ao cumprimentar o mestre e a realizar cuidados pessoais, como dar banho nele. Essas práticas, segundo ela, fazem parte da submissão doméstica.

Durante esse processo, ela também foi “rebatizada”. No universo BDSM, é comum que submissas adotem novos nomes para marcar uma transição de identidade. Gladius começou a chamá-la de “menina”, depois “nina”, nome que ela aceitou.

Dois anos depois de conhecer Gladius, nina se divorciou. Desde então, construiu outra relação que já dura oito anos. Ele se identifica como poliafetivo, ou seja, capaz de se envolver afetivamente com mais de uma pessoa, enquanto nina virou a play partner do parceiro, termo usado para definir um parceiro de práticas consensuais que envolvem prazer no BDSM.

Com essas regras, algumas relações são formalizadas através de contratos (ou liturgias). Essa prática define limites e obrigações. No dia a dia, nina cumpre rituais específicos. Ela não se senta à mesa com Gladius nas refeições, mas fica aos seus pés enquanto o chama de “senhor”, por exemplo.

Além da parte doméstica, nina segue ordens mais íntimas, como posicionar a roupa íntima para se manter excitada durante o dia, mas sempre de acordo com as vontades do dominador.

Em público, com filhos, amigos ou familiares, os dois agem como qualquer outro casal. Portanto, nas redes sociais, nina compartilha sua rotina com mais de 17 mil seguidores e defende que sua relação é baseada em respeito, afeto e escolhas conscientes. Para ela, o BDSM vai muito além do sexo. O universo envolve entrega e muita confiança.

Classificação Indicativa: Livre

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