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Sandra Regina Ruiz Gomes, conhecida nacionalmente como Sandrão, abriu um processo judicial contra a Amazon, responsável pelo serviço de streaming Prime Video, após a repercussão da série Tremembé.
A ação, protocolada na segunda-feira (17), pede indenização de R$ 3 milhões por danos morais, uso irregular de imagem e supostos excessos cometidos pela obra audiovisual. A informação foi revelada pelo colunista Gabriel Vaquer.
Segundo a defesa de Sandrão, a produção teria adotado uma abordagem dramática e “distorcida” para retratar episódios ligados ao sequestro de um adolescente de 14 anos ocorrido em 2005, crime pelo qual ela foi condenada. A petição afirma que o Prime Video teria incluído elementos ficcionais que não constam nos autos oficiais, influenciando negativamente a percepção do público sobre o caso.
Segundo o Metrópoles, a equipe jurídica de Sandrão destaca que a série teria reforçado versões controversas sobre o crime e apresentado situações que não correspondem à realidade.
“Ela foi condenada pelas ligações feitas durante o sequestro, e nada além disso. A série cria um fato novo, que teria agravado a pena”, disse o advogado de Sandra durante entrevista a Roberto Cabrini.
Sandrão, também criticou o modo como sua convivência com outras detentas famosas, entre elas Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga, foi explorada como elemento de apelo dramático.

Condenada inicialmente a 27 anos de reclusão, pena posteriormente reduzida para 24 anos, Sandrão cumpriu uma década no Presídio de Tremembé, conhecida por abrigar detentos de grande repercussão nacional. Ela obteve progressão ao regime aberto em 2015, após atender aos requisitos legais.
Embora o processo tenha sido divulgado publicamente, até o momento a Amazon não se pronunciou sobre a ação ou sobre as críticas feitas por Sandrão à série Tremembé.
A disputa judicial agora deve seguir para análise, podendo abrir mais um capítulo envolvendo a repercussão de produções true crime no streaming brasileiro.
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